É a pensar nos pergaminhos, firmados no panorama vitivinícola nacional e internacional, que a Região Demarcada do Dão quer continuar a dar passos seguros rumo ao futuro.
Neste sentido, como ‘somos uma região com história e capacidade para produzir grandes vinhos e competir numa relação preço/qualidade’, como salientou o presidente da CVRD, Valdemar Freitas, o ‘Plano de Acção’ estabelecido para o ‘Vinho do Dão’ foi dado a conhecer no passado fim de semana, no Solar do Dão. O ‘Plano’ insere-se no âmbito de uma parceria estabelecida entre a Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD) e a Direcção de Agricultura da Beira Litoral (DRABL), exigindo cooperação mútua entre os diversos sectores de modo a que sejam transmitidas mensagens comuns ao mercado pelas diversas entidades relacionadas com o sector.
As áreas em que tanto a CVRD como a DRABL vão trabalhar em conjunto são as seguintes: marketing e a comercialização do Vinho do Dão; qualificação e valorização dos recursos humanos; rejuvenescimento do sector; alargamento da rede, e diversificação do sector agrário. A iniciativa surge do reconhecimento de que ‘o desenvolvimento da Região exige maior interligação das entidades públicas e privadas’, sem menosprezar, antes, valorizar o ‘envolvimento dos diversos agentes económicos nas suas actuações’, ganhando cada vez mais cota de mercado, ‘a preços que permitam um bom retorno’, como adiantou o presidente da CVRD. Valdemar Freitas disse que na região começa a existir a consciência de que estamos num sector em que os erros de hoje se pagam amanhã. Sendo assim, não há tempo a perder.
‘O plano é dinâmico e exigente’, sublinhou, todos devendo estar preparados para lhe dar curso ao nível dos seus quatro eixos: promoção, qualificação, enoturismo e rega, ou seja, ‘estamos perante um desafio que exige e necessita de cooperação permanente entre a CVRD e os agentes económicos’. Com este plano procura-se parceria, verificando e anulando os condicionalismos que existem no ‘Dão’, de modo a que o produto tenha o impacto que merece e que neste momento ‘não tem no mercado globalizado’, frisou responsável da DRABL. Pretende-se promover uma interligação funcional com o vinho e a restauração/gastronomia, desencadear a venda do vinho a copo, melhorar o conhecimento da oferta, organizando e dinamizando conjuntamente com as Regiões de Turismo, concursos gastronómicos do Vinho do Dão.
É importante que se constitua também um dossier de fácil utilização e acesso, para que a partir de um perfil de vinho permita uma recomendação da tipologia de cozinha e posteriormente de prato específico, reforçando a mensagem junto dos diversos interlocutores comerciais (distribuição e comercialização). Deverá ser aprofundado o conhecimento do agente económico e suas particularidades, criando mecanismos facilitadores à exportação e expedição, assim como organizar e dar a conhecer aos agentes económicos as feiras, acontecimentos promocionais e concursos que se realizem, reforçando a mensagem ‘Vinhos Elegantes por Natureza’.
Foi considerada a importância de pequenas sessões de sensibilização/qualificação, com base no vinho do Dão e as suas características, conjugando o vinho com a gastronomia. Frisou-se também, na apresentação do plano, a necessidade de promover a interligação do sector do vinho com as dinâmicas turísticas, reactivando a ‘Rota Vinho do Dão’, em conjunto com as organizações de Turismo e prestadores de serviços turísticos. Até ao momento, as ‘Rotas’ não atingiram, em lado nenhum, o que se esperava delas. |