Quinta do Vallado aposta na Colômbia e no México
Sol | 09-12-2011

Empresa do Douro exporta 40% da produção. Os novos destinos e os vinhos económicos são os objectivos actuais.

A exportação dos vinhos portugueses da Quinta do Vallado já representa 40% da produção. Brasil, EUA, China e Canadá são os principais destinos da empresa do Douro que, mesmo num momento económico desfavorável, acredita que, em 2012, vai continuar a crescer.

"Há muitos mercados externos onde podemos melhorar a nossa presença, como a Alemanha, e outros onde ainda não estamos que nos poderão permitir aumentar o negócio", diz ao SOL João Álvares Ribeiro, director executivo da companhia vitivinícola.

Para tal, a Quinta do Vallado está já a estudar novas geografias, como a Colômbia e o México. O interesse em apostar nestes países prende-se com o facto de "não terem produção de vinho, obviamente", mas também com o aumento do "nível de compra e da dimensão do mercado", explica.

Outras das novidades que a Quinta do Vallado vai apresentar para o ano é a internacionalização do conceito de vinhos económicos. A empresa duriense apostou na produção de vinhos low cost há cerca de dois meses, com o lançamento do Quadrifoglio, tendo já assinado uma parceria com a Sonae para comercializar esta gama em Portugal. Mas o principal "objectivo deste lançamento é o mercado externo", revela o gestor. "Já começámos a exportar para o Brasil e agora devem seguir-se outros destinos", acrescenta João Álvares Ribeiro, sem adiantar pormenores da nova estratégia de vendas.

No ano passado a Quinta do Vallado gerou 2,6 milhões de euros de receitas. O mercado interno representou 60%, com o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) a valer metade desse valor. Já o Vinho do Porto representou 2,5% da facturação global. Para este ano, João Álvares Ribeiro perspectiva que as vendas alcancem os três milhões de euros. Salientando que "só vamos poder ter mesmo certezas no final de 2012, porque este ano vive-se ao momento", revela que "até Agosto estávamos a crescer 15%".

Com referências que datam de 1716, a Quinta da Régua pertenceu à lendária Dona Antónia Adelaide Ferreira. Tendo-se mantido na família até hoje, a Quinta está nas nãos da sexta geração.
 
 
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