Leilão da Christie's dedicado a vinhos arrecada US$ 2,5 milhões
Último Segundo | 03-03-2006

A casa de leilões Christie's vendeu nesta quinta-feira à noite 119 lotes de garrafas dos vinhos mais procurados e raros do mundo por um total de US$ 2,5 milhões, no primeiro leilão da empresa dedicado exclusivamente a essa bebida.

Durante o leilão, realizado nas instalações da Christie's no famoso Rockefeller Center de Nova York, foram vendidos todos os lotes oferecidos, e o montante final foi quase US$ 1 milhão maior que o esperado.

O lote mais caro, composto por seis garrafas "magnum" da mítica adega francesa Romanee Conti, colheita de 1985, alcançou o valor de US$ 170.375, após uma intensa disputa entre dois compradores anônimos, o que provocou os aplausos dos presentes.

Segundo assegurou a Christie's em comunicado, "esse preço representa um novo recorde mundial para uma caixa de vinho vendida em um leilão".

No entanto, as garrafas mais apreciadas foram uma "jéroboam" (4,5 litros) de Château Latour, colheita de 1961, e um "double magnum" de Château Cheval 1947, vendidas por US$ 135.125 cada uma ao mesmo colecionador particular.

Esse mesmo comprador anônimo adquiriu mais de 20 lotes, pelos quais deverá desembolsar mais de US$ 1 milhão, se transformando no protagonista da noite.

Também houve disputas por vinhos raros por sua antiguidade, como um "madeira" de 1795, vendido por US$ 55 mil, e vinhos húngaros da região de Tokaj, com mais de cem anos.

Os compradores mais modestos também tiveram sua oportunidade, já que o vinho mais barato, uma garrafa de Montrachet da colheita de 1947, foi leiloado por US$ 400.

Diante do sucesso do evento, em que participaram compradores da Europa, da Ásia e da Américas, o chefe de vendas de vinho para as Américas da Christie's, Richard Brierley, assegurou que a empresa prepara para o segundo semestre outro leilão dedicado exclusivamente à bebida.

Segundo os dados fornecidos pela Christie's, seu departamento de vinho é o líder mundial em leilões deste tipo de bebida, com vendas que totalizaram US$ 41,97 milhões em 2005 nos nove escritórios distribuídos pela Europa e a América do Norte.
 
 
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