O turismo associado ao vinho e à gastronomia é um nicho de mercado em clara expansão, mas para se tornar ainda mais rentável e atrativo necessita de uma oferta mais estruturada e capaz de associar produtos complementares à produção vitivinícola e à restauração.
Esta foi uma das principais conclusões do “Oporto Wine Tourism Forum”, que terminou esta ontem, no Palácio da Bolsa, no Porto.
A iniciativa alertou para a importância de um trabalho conjunto - envolvendo entidades públicas, incluindo municípios, e privadas – de forma a melhor estruturar, segmentar e organizar a oferta turística em termos de alojamento, programas paralelos de animação, marketing, promoção, qualificação de recursos humanos, sinalização, transportes e acessibilidades. Beneficiando de uma história ímpar no contexto mundial das grandes regiões vinhateiras do mundo, o Douro é todavia um destino enoturístico relativamente recente que, apesar dos vinhos excecionais e da paisagem deslumbrante, deverá apostar em força numa maior articulação e complementaridade da oferta.
Reunindo um total de 20 especialistas internacionais, o “Oporto Wine Tourism Forum” apresentou exemplos de outras realidades enoturísticas do mundo e procurou também lançar perspetivas e tendências nesta área. Os trabalhos concluíram que o setor é hoje sinónimo de entretenimento e experiência sensorial e as motivações que levam os visitantes a optar por determinadas regiões não se esgotam apenas na possibilidade de provar vinhos.
O fórum terminou com um almoço no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, protagonizado pelos chefes de cozinha Murakami (tido pela crítica como o melhor chefe de cozinha japonesa no Brasil, do restaurante Kinoshita, em São Paulo), Luis Américo (restaurante Mesa, Porto) e Fernando Santos (Solinca Catering), tendo sido uma homenagem ao jornalista e crítico gastronómico David Lopes Ramos.
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