Um estudo da associação Rede de Capitais dos Grandes Vinhedos (RCGV) apurou que, em média, cada visitante do Porto e região vinhateira envolvente aplica 78,4 euros na aquisição de produtos ou usufruto de serviços de enoturismo.
O estudo, que foi hoje pela primeira vez apresentado em Portugal, na conferência internacional Oporto Wine Tourism, revela que Florença, em Itália, é a cidade-membro daquela associação onde cada turista investe mais naquele tipo de bens, com 146 euros, seguindo-se Napa Valley, nos Estados Unidos, com 136,5 euros por visitante (por estada).
Na conferência, que termina na quinta-feira, cerca de 20 especialistas em turismo, vinhos e gastronomia discutem o enoturismo enquanto motor económico local e regional.
O estudo, apresentado pela secretária-geral da Rede de Capitais dos Grandes Vinhedos, Catherine Leparmentier, revela que, para 68,9 por cento dos 454 inquiridos, a principal vantagem que as empresas e os produtores de vinho encontram nas atividades relacionadas com o enoturismo é o "benefício da imagem".
Em segundo lugar, surge o aumento de receitas (61,9%), seguindo-se a notoriedade do produtor e/ou marca (53,8%), o contributo para o aumento do turismo (52,8%), o aumento de emprego (35,6%) e a responsabilidade social (24%).
Outra conclusão é que, para 63,3 por cento dos entrevistados, o enoturismo é "uma boa alternativa para enfrentar períodos de crise económica".
O estudo baseou-se em entrevistas a produtores de oito das nove cidades que fazem parte da RCGV (de fora ficou Christchurch, na Nova Zelândia): Cidade do Cabo, na África do Sul, Bordéus, em França, Florença, em Itália, Mendoza, na Argentina, Mainz, na Alemanha, Bilbao-Rioja, em Espanha, Porto e S. Francisco-Napa Valley, Estados Unidos.
No Porto, foram entrevistados 27 produtores. |