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O Museu do Douro comemora em Dezembro dois anos de existência. Na verdade dois anos de porta aberta, pois no papel já tem 13.
A antiga Casa da Companhia é a sede de um museu que não está fechado entre quatro paredes e pretende alargar-se a todo o território da Região Demarcada do Douro. "Não é só um museu da Régua", reafirma o director, Fernando Maia Pinto.
Da rede inicialmente desenhada, que previa 11 núcleos espalhados pela região, já existem dois abertos: o Museu do Imaginário Duriense, em Tabuaço, e o Museu do Pão e Vinho de Favaios, naquela vila do concelho de Alijó.
Também já estão em andamento os processos de criação do Museu do Vinho em S. João da Pesqueira e do Museu da Seda em Freixo de Espada à Cinta.
A sede tem servido de palco a diversas conferências, palestras, lançamento de livros e filmes, concertos de música clássica, entre outros eventos que encontram na antiga Casa da Companhia um espaço nobre, além de adequado àquelas realizações.
Depois de uma afluência muito satisfatória em 2009, que se aproximou das 40 mil pessoas, 2010 "está a registar uma diminuição de público" que não é alheia à crise que "obrigou ao cancelamento das grandes exposições anuais". "O museu está a sofrer o que sofre o país e o mundo", acentua Maia Pinto.
A parceria com um operador de cruzeiros fluviais no rio Douro tem garantido ao Museu um afluxo de "100 a 150 americanos por semana". A visita engloba provas de vinhos e uma palestra sobre a Região Demarcada do Douro. Maia Pinto revela que este tipo de oferta vai ser melhorada e até já "estão a ser fechados contratos para 2011".
A loja de vinhos, produtos regionais e publicações instalada no edifício é, segundo o director, "um dos pilares do Museu do Douro", revelando-se como mais um "suporte financeiro", além dos fundadores e dos mecenas.
No campo das receitas próprias inclui-se a prestação de serviço de restauro e conservação, consultorias na área museológica, entre outras.
O Museu do Douro é este ano um dos 22 palcos portugueses e galegos que integram o festival de música "OuTonalidades 2010", que está a decorrer até ao dia 18 de Dezembro.
Os concertos no espaço museológico duriense realizam-se nas sextas-feiras de 5, 12 e 19 de Novembro, sempre com início às 22.00 horas, no wine bar.
O festival é aberto a todos os públicos e tem entrada gratuita. Os três concertos são: O Sonoro Maxín (dia 5), Osmavati (12) e Marcos Teira e L.A.R. Legido (19).
Exposições actuais
O Museu do Douro tem patente neste momento "coisas muito engraçadas", releva Maia Pinto. Uma pequena colecção de rótulos antigos de Vinho do Porto que há 100 anos, aquando da implantação da República, "mudaram de estratégia fazendo o 'namoro' ao novo regime".
Destaque também para a exposição "Ode à Vinha" de Necas Nicolau de Almeida, composta por trabalhos feitos com aguarelas, colagens, folhas de vinha, gavinhas, cachos de uvas, rolhas, entre outros.
O Museu do Douro também está a mostrar a Colecção Ernst Lieblich de arte portuguesa moderna e contemporânea. No solar do Vinho do Porto pode ainda ver a exposição permanente "Memória da Terra do Vinho" instalada no Armazém 43 do edifício do Solar do Vinho do Porto. |
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