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A Cooperativa de Portalegre anunciou hoje o reforço das acções de promoção dos seus vinhos com um conjunto de "Jantares Vínicos", depois de ter comprado em 2005 a adega da Cabaça para aumentar a produção.
Segundo o director-geral da Adega Cooperativa de Portalegre, Vítor Santos, os jantares inserem-se numa série de iniciativas que vão ser realizadas para dar a conhecer os vinhos, a forma como são feitos e como tirar o melhor partido deles numa refeição.
A realizar até ao final do ano, na última quinta-feira de cada mês, no restaurante "A Cabaça", em Portalegre, os "Jantares Vínicos" vão contar com a participação dos diferentes intervenientes na produção do vinho, nomeadamente o produtor, o adegueiro, o distribuidor e o enólogo.
"As pessoas interessadas podem inscrever-se e assistir a uma apresentação feita por um enólogo, que ensinará a conhecer e apreciar os vinhos da adega, e durante uma prova de vinhos comentada poderão desfrutar de uma refeição", explicou o responsável.
Com uma ementa pré-definida, os jantares constituem, segundo Vítor Santos, "uma oportunidade para provar vinhos do Alto Alentejo, saber mais acerca deles, como se fazem, como reconhecê-los e sobretudo como desfrutá-los da melhor forma".
Em 2005 a Adega Cooperativa de Portalegre comprou a Adega da Cabaça, por cerca de 2,5 milhões de euros, com o objectivo de aumentar a produção e deter mais marcas de vinho.
O presidente da Adega de Portalegre, Mata Cáceres, justificou o negócio alegando que as instalações da cooperativa começavam a ser limitativas da sua actividade, uma vez que foram construídas há 50 anos e pensadas para receber cerca de 1,5 milhões de quilogramas de uvas por ano.
"Em 2004, a adega de Portalegre recebeu cerca de 2,7 milhões de quilogramas de uvas, estimando-se que, por via do alargamento da área de cultivo e da reestruturação de vinhas antigas, essas quantidades possam aumentar para valores próximos dos quatro milhões de quilogramas de uvas em 2007", explicou.
A Adega da Cabaça, com 1.200 metros quadrados de zona coberta e 22 hectares de vinha, situa-se no Reguengo, perto de Portalegre, numa zona nobre da Serra de São Mamede, envolvida por vinhas cujas características de solo e clima influenciam a qualidade dos vinhos.
"Com este negócio, a Adega Cooperativa de Portalegre ficou mais operacional e com maior capacidade de expansão. Passou a deter vinha e a poder apresentar mais marcas nos segmentos médio/alto", disse Mata Cáceres.
O presidente da Adega Cooperativa de Portalegre adiantou que o negócio surgiu após a hipótese de mudança da Adega das suas actuais instalações para a Zona Industrial de Portalegre.
"O investimento global desta transacção é semelhante ao que seria dispendido na mudança para a Zona Industrial da cidade, mas com ganhos importantes ao nível da eficiência e do prestígio da nova localização", sublinhou.
Fundada em 1955, a Adega Cooperativa de Portalegre insere-se na Região Demarcada de Portalegre, produzindo os vinhos DOC Portalegre e os regionais Conventual, Terras do Baco e o "bag in box" Aramenha. |
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