Portugal produz castas únicas no mundo que fazem com que o vinho nacional se evidencie e seja cada vez mais procurado em todo o mundo, consideram clientes estrangeiros, que visitaram hoje a Casa de Santar (Nelas) em época de vindimas.
Para Carine Goedertier, da Alhambra (Bélgica), Portugal tem castas que não se encontram em mais nenhum ponto do mundo.
“Os vinhos portugueses têm algo de especial, destacando-se pela originalidade de castas únicas que fazem a diferença”, evidenciou.
Durante a manhã de hoje, Carine Goedertier integrou uma comitiva de 50 clientes estrangeiros do setor dos vinhos, oriundos de 16 países, que participaram num 'peddy-paper' promovido pela Global Wines/Dão Sul, na Casa de Santar, no concelho de Nelas.
O enólogo e administrador da Dão Sul, Carlos Lucas, explicou que esta iniciativa, a primeira do género no país, teve por objetivo demonstrar como se produz vinho em Portugal.
“Divulgar não é só dar a provar os nossos vinhos, pois para isso enviávamos as garrafas para serem provadas além fronteiras. É preciso trazer os clientes às vinhas para que possam interpretar a linguagem desta terra e destas castas”, justificou.
Para Carlos Lucas, é importante que se divulguem as castas portuguesas de que os clientes estrangeiros vão ouvindo falar, mas a quem não se explica a diversidade da vinha portuguesa.
“As adegas são iguais em todo o mundo, mas as vinhas fazem a diferença e a ideia é mostrar que as nossas são diferentes”, alegou.
Na competição de hoje, que serviu para ver quem melhor conhece os vinhos portugueses, participou também Philippe Mirabelli, da Red Dog (Canadá), que frisou que os vinhos portugueses são uma novidade no mercado internacional.
“O mercado tem sido dominado pelos grandes países, nomeadamente a França, mas agora os consumidores estão mais sofisticados e procuram vinhos novos, como é o caso dos vinhos portugueses”, sublinhou.
Para Philippe Mirabelli, os vinhos portugueses têm castas únicas que fazem a diferença.
“Encontramos vinhos com personalidade e pujança, em que há uma excelente relação entre qualidade e preço”, referiu.
Sustenta que os vinhos portugueses têm atualmente um lugar pequeno no mercado internacional, mas não tem dúvidas de que o salto será dado dentro de três ou quatro anos.
Segundo Pedro Veloso, da Aidil Olde World Import (EUA), os vinhos portugueses são hoje mais competitivos, não só pela qualidade, mas também pela imagem (nomeadamente rótulos), que vem sendo melhorada e é cada vez mais apelativa.
“O aumento da qualidade do vinho nacional assim como a melhoria da sua imagem fizeram com que penetrasse no mercado americano, que o carateriza de interessante, intrigante e promissor”, revelou.
Pedro Veloso informou que, nos EUA, as regiões mais difundidas e reconhecidas pelos consumidores são as do Vinho Verde, Douro e Alentejo.
No entanto, em termos de volume, são o vinho verde e alentejano que mais vendem.
“No mundo há muitos vinhos tintos, mas o vinho verde é uma região marca de Portugal. Em vinhos verdes frutados, com baixo teor em álcool e acidez refrescante, somos únicos”, concluiu. |