Novo hotel de luxo de Vila Nova de Gaia começa a receber hóspedes a 7 de Agosto
A Fladgate Partnhership organizou ontem uma primeira inauguração para as entidades públicas e privadas da região
Público | 27-07-2010

Ninguém diria. Há chão inacabado, paredes por pintar, tarefas pendentes que, noutros sítios, pediriam tempo. Mas o exército de trabalhadores não engana e, tal como foi ontem anunciado pelo director-geral da Fladgate Partnership, Adrian Bridge, o Yeatman Hotel & Wine Spa que este importante grupo do sector do vinho do Porto está a construir em Gaia está quase pronto. E recebe os primeiros hóspedes a 7 de Agosto. A pré-inauguração, ou visita de estudo, como lhe chamou o presidente da Câmara de Gaia, aconteceu ontem, para um outro exército, o de representantes das "forças vivas" e entidades públicas da região.

A inauguração oficial está marcada para Setembro - com o Presidente da República, disse esperar Menezes. Mas Adrian Bridge quis mostrar primeiro a casa aos agentes locais, a quem agradeceu o apoio na realização deste investimento de 32 milhões de euros, um PIN - Projecto de Interesse Nacional plantado bem acima do peito da zona histórica, cuja imponência visual tem sido contestada nas últimas semanas. Para essa contestação, o autarca tinha uma resposta - alguns prefereriam ter aqui os eucaliptos com o lixo que, do lado de lá do rio, não se vê. E um recado: "Quem vai fazer o julgamento deste projecto é o povo ou, no caso, os clientes. E o resultado final vai ser um sucesso avassalador", antecipou.

O que se vê agora do outro lado do rio é um conjunto edificado em socalcos. A área de construção total ronda os 29 mil metros quadrados, mas Bridge fez questão de lembrar que mais de metade dos 26 mil metros quadrados da propriedade onde está implantado o Yeatmam Wine&Spa continua a ser de área verde. Pontuada com uma piscina de águas que parecem desaparecer sobre a vista do Porto Património da Humanidade, que é explorada até ao limite na configuração deste hotel. 

O candidato inglês

O projecto é "ambicioso". Apenas 82 quartos, todos com um mínimo de 40 metros quadrados, e vários serviços a puxar pela relação entre o local, os promotores e o interesse dos turistas pelo vinho. A garrafeira - "a melhor de vinhos portugueses em todo o mundo", apregoou Adrian Bridge - tem uma mão das várias regiões vinícolas do país. Que até foram convidadas a decorar quartos, explicou. E há ainda o Wine Spa. "Luxo de primeira qualidade. Não vamos competir pelo preço. Queremos atrair novos turistas para a cidade. Queremos, no fundo, definir um destino." 

A semanas de inaugurar o teleférico que ligará o Jardim do Morro ao Cais de Gaia, Menezes fez um sobe e desce entre os pontos marcantes dos seus mandatos, e até teve tempo de, a propósito de um potente binóculo instalado no hotel, "de onde quase se consegue ver o gabinete do presidente da Câmara do Porto", desafiar Bridge a ser o primeiro luso-inglês a candidatar-se ao lugar ocupado por Rio. "A região precisa de quem invista, de quem não se conforme e lute contra a corrente", justificou, propondo-se ser o "director de campanha" do candidato que acabava de lançar.
 
 
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