A Adega da Ervideira aumentou as exportações em 50% no primeiro semestre, passando de 55 para 88 mil garrafas vendidas.
A empresa, cujo início da produção de vinho remonta a finais do século XIX espera este ano facturar cerca de dois milhões de euros.
"O nosso caminho é muito feito de olhos postos na exportação", diz Duarte Leal da Costa, director executivo da empresa, em Reguengos de Monsaraz, garantindo que o crescimento se deve à "busca incessante" de novos mercados - a primeira encomenda de 14 mil garrafas para as Filipinas seguiu em finais de 2009 - e a "não baixar os braços perante uma crise instalada à escala mundial", traduzida na "redução do consumo" e numa "acentuada" quebra de preços. "O excesso de produção originou a acumulação de stocks, o que levou a que nalguns mercados os preços tivessem caído cerca de 25%."
O empresário assinala que a Ervideira, presente em 23 países, está a vender mais para a Bélgica, Alemanha, Estados Unidos e Brasil. "Para o Nordeste brasileiro exportamos principalmente espumantes. Para os restantes países seguem mais vinhos tintos do que brancos, sendo o rosé perfeitamente residual em termos de exportação, pois é um mercado muitíssimo barato a nível mundial no qual não conseguimos competir."
Com uma produção actual de 800 mil garrafas, Duarte Leal da Costa aponta a criatividade e a inovação como "factores absolutamente decisivos" para a afirmação da empresa. "Não estamos de braços em baixo à espera que a crise passe. Temos estado a inovar, imaginar novos produtos e novas formas de estar no mercados."
Para além do vinho, a Ervideira está também no mercado do azeite e está a desenvolver um projecto de enoturismo. |