Manuel António Santos nega "terminantemente" a acusação de se ter apoderado de 17.500 euros pertencentes à Casa do Douro, em resultado de um negócio de um terreno que remonta a 2001.
"Eu guardarei para tribunal a minha defesa. Estou de consciência tranquila. Nada me acusa a consciência e é nos tribunais que as coisas vão ser elucidadas", afirmou Manuel António Santos em declarações à Agência Lusa.
O Jornal de Notícias noticia hoje, segunda-feira, que o Ministério Público (MP) acusa o presidente da Casa do Douro (CD) de se ter apropriado, ilicitamente, de 17.500 euros pertencentes à instituição, no âmbito da aquisição da "Quinta do Cedro do Meio", no Peso da Régua, por 498 mil euros.
O dinheiro terá aparecido depositado, em cheques, na própria conta bancária do dirigente da instituição, que representa a vitivinicultura duriense.
"Tenho a consciência de que não fiquei com nada que respeitasse à CD e isso nego terminantemente", salientou.
Manuel António Santos explicou que os factos remontam a 2001 e que a investigação da Polícia Judiciária resultou de "imensas denúncias que surgiram nessa altura e no processo eleitoral subsequente".
"Tudo foi arquivado. Este ficou de pé, mas enfim, nunca me apoderei de nada que dissesse respeito a esta instituição e não é agora que vão emporcalhar a minha dignidade", frisou.
Disse ainda que as condições de aquisição do terreno foram aprovadas por unanimidade em Conselho Regional de Vitivinicultores e que fazem parte da escritura.
O dirigente afirmou que não vai aceitar os julgamentos da opinião pública. "O tribunal dirá se somos inocentes ou culpados", salientou.
Para além do presidente da CD, o MP imputa ainda um crime de participação económica em negócio a um vogal da direcção da associação pública que terá assinado a escritura da transacção, em Janeiro de 2002, quando a instituição já tinha graves dificuldades financeiras.
Manuel António Santos é presidente da CD desde 1999. |