A maior empresa vitivinícola portuguesa tem uma carteira de projectos de 20 milhões, revela o seu presidente Salvador Guedes.
É um ano em cheio para a Sogrape. Depois de recuperar a liderança nas vendas nacionais dos vinhos de mesa, perdida em 2008 para o Esporão, a maior empresa vitivinícola portuguesa prepara este ano o reforço de produção de vinhos no chamado Novo Mundo (países que tradicionalmente não produziam vinho e que se tornaram importantes produtores mundiais, como é o caso do Chile, Austrália, Nova Zelândia, entre outros).
A estratégia de internacionalização já arrancara com a compra, em 1997, da argentina Finca Flichman e uma década mais tarde foi reforçada com a aquisição da Vinã Los Boldos (Chile) e da Framingham (Nova Zelândia). Agora, a empresa da família Guedes está a investir no cultivo de vinhas e na expansão da capacidade produtiva. O investimento ascende a 26 milhões de dólares (19,4 milhões de euros ao câmbio de ontem).
Segundo Salvador Guedes, presidente da Sogrape, o Novo Mundo pesou no ano passado 18% na facturação do grupo, que ascendeu a 186 milhões de euros. E a tendência é para aumentar. Na Argentina, onde a Sogrape marca presença há 13 anos e onde já investiu um total de 37,3 milhões, o crescimento médio das vendas nos últimos cinco anos é de 20%, sendo que em 2009 a Finca Flichman facturou 18,6 milhões.
Como salienta Salvador Guedes, a Argentina "é um país com grande potencial" e existe "uma grande apetência para estes vinhos, têm uma óptima relação qualidade/preço e estão adaptados ao gosto do consumidor internacional". |