O Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP) integra uma organização europeia que tem como objetivo combater as falsificações, garantir a qualidade e a promoção dos vinhos de Denominação de Origem.
A "European Federation of Origin Wines" (EFOW), segundo revelou hoje o presidente do IVDP, Luciano Vilhena Pereira, vai ser apresentada quarta feira, em Bruxelas.
A EFOW é uma associação sem fins lucrativos, sedeada em Bruxelas, que representa junto da União Europeia os mais emblemáticos vinhos europeus com denominação de origem ou indicação geográfica.
O presidente do IVDP, Luciano Vilhena Pereira, que assume também o cargo de vice-presidente da organização, sustentou ainda que "o sector dos vinhos com denominação de origem enfrenta inúmeros desafios a nível económico, social e ambiental, dependendo o seu desenvolvimento de três elementos principais".
Nomeadamente, acrescentou, "a capacidade de gerir a produção para garantir a qualidade dos vinhos, o reforço da proteção jurídica concedida a esses vinhos para combater os produtos falsificados e a necessidade de promover a especificidade dos mesmos nos mercados consumidores mais importantes".
A EFOW apresenta-se quarta feira, no Parlamento Europeu, numa sessão que conta com a participação do presidente da organização, Riccardo Curbastro, de Luciano Vilhena Pereira, Astrid Lulling, presidente do Intergroupe Vin, e Paolo de Castro, presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Os membros da EFOW são organizações dos estados membros da UE, que representam os vinhos com denominação de origem e indicação geográfica existentes em Espanha (CECRV), França (CNAOC), Hungria (HNT), Itália (FEDERDOC) e Portugal (IVDP).
Tem por missão promover os interesses destes vinhos junto das instituições europeias, mantendo um diálogo regular com as instâncias de decisão políticas e as instituições a nível nacional, europeu e internacional e com os meios de comunicação social.
Segundo fonte do IVDP, "muitos vinhos originários da UE, entre os quais se destaca o Vinho do Porto, têm desenvolvido uma reputação de excelência, tanto a nível nacional e internacional, que atraiu a imitação e contrafação".
Apesar de considerar que o quadro legal estabelecido na UE para a proteção dos vinhos DOC tem sido "muito eficaz" no combate a essas usurpações, a fonte do instituto público salienta que "muitos vinhos de países terceiros continuaram a abusar dos nomes dos vinhos de origem europeus como, por exemplo, Champagne, Chianti ou Porto, da Califórnia, ou Brunello di Montalcino, da Argentina. |