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O angolano Adebayo Vunge, um dos 24 jornalistas que hoje participaram numa prova destinada a eleger os "dez melhores vinhos portugueses", no Porto, disse à Lusa que o Alentejo domina o mercado do seu país.
O vinho que mais vende em Angola é o "Monte Velho", da Herdade do Esporão, acrescenta Vunge. O jornalista participou ontem na eleição dos "10 melhores vinhos portugueses", na Essência do Vinho, e sustenta que "a qualidade geral foi muito boa".
A prova envolveu 41 vinhos, 29 dos quais eram tintos de 2007 e foram estes que mais impressionaram Adebayo Vunge. "Os brancos nem tanto", disse o jornalista à agência Lusa, destacando, ainda assim, entre todos os que provou, o Redoma branco (2008), o Quinta do Vesúvio tinto (2007) e um tinto alentejano da Herdade da Malhadinha, Matilde (2008).
Vunge já conhece "algumas coisas" e a sua "região número um" é a do Douro, ainda que em Angola, segundo referiu, os vinhos alentejanos sejam os grandes dominadores. O jornalista angolano trabalha para o Novo Jornal, uma publicação "na linha do que é o semanário Expresso". É nesse jornal angolano que Vunge assina há menos de um ano aquela que, segundo afirma, é a única coluna sobre vinhos existente na comunicação social do seu país e que se chama "In Vino Veritas".
Há muito vinho português em Angola, "há supermercados que já têm as suas pequenas garrafeiras" e já começam também a surgir "lojas gourmet", refere. "Os grandes vinhos portugueses já lá estão todos", salienta.
Adebayo Vunge sustenta ainda que "os vinhos chilenos são o concorrente mais forte dos portugueses na gama baixa", ao passo que nas mais altas essa concorrência "não se sente tanto", embora ressalve que já "há uma ligeira ameaça". "No segmento alto, Portugal domina", acrescenta.
Além dos vinhos portugueses e chilenos, Angola também já importa vinhos da vizinha África do Sul, um dos grandes produtores mundiais, que para ali escoa um espumante doce e seco. Trata-se de um vinho muito apreciado e que os consumidores angolanos conhecem por "Vinho do Laço".
Adebayo Vunge salienta que os seus compatriotas gostam de beber vinho às refeições, apesar do clima quente e dos preços, que orçam "sensivelmente pelo dobro" dos que se praticam entre nós.
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