Foi apresentada publicamente, ontem, no Espaço Fortuna Artes e Ofícios, em Palmela, a rede Heranças dos Vinhos do Sul, composta por embaixadores do enoturismo da Península de Setúbal.
Tal como revelou a coordenadora da ADREPES, Manuela Sampaio, pretende-se que o projecto venha dotar a Rota de Vinhos da Península de Setúbal (RVPS) de um produto enoturístico capaz de oferecer ao visitante uma experiência integrada, alicerçada no vinho, mas também na gastronomia, no artesanato e no património natural e edificado da região.
O Estatuto de Embaixador do Enoturismo é atribuído a entidades que nas suas actividades e serviços privilegiam a valorização do património vitivinícola da região e que se disponham a receber visitantes e a promover e ser promovidos através da rede.
O Heranças dos Vinhos do Sul conta actualmente com 9 Adegas, 8 Restaurantes, 10 Empresas de Animação Turística e 7 Estabelecimentos de Alojamento.
A rede foi promovida em vários mercados-alvo nomeadamente EUA, Irlanda, Reino Unido e Dinamarca através de diversas acções de marketing.
Durante a sessão foi também apresentado diverso material promocional disponível para consulta e distribuição em todos os embaixadores: Dossier com informação detalhada, Mapa Territorial e melhoria da informação disponível no site da RVPS.
O funcionamento e a coordenação da rede vão futuramente ser assegurados pela RVPS. Maria do Carmo Guilherme, responsável desta instituição referiu a necessidade de fortalecer a rede de embaixadores, contribuindo para a atracção de visitantes e para a promoção dos produtos da região, alcançando assim para a melhoria da qualidade de vida das populações.
O momento constituiu também uma oportunidade para dar a conhecer algumas das iniciativas dos embaixadores, em particular das adegas e dos restaurantes.
Leonor Freitas, da Casa Ermelinda Freitas, durante a apresentação do seu novo espumante, o primeiro com a certificação DOC Palmela, realçou a importância das iniciativas desenvolvidas durante a criação da rede de embaixadores, em particular os intercâmbios com outras regiões vitivinícolas que, para além da aprendizagem que proporcionaram, permitiriam perceber o grande potencial para o desenvolvimento do enoturismo que a Península de Setúbal possui.
Este ideia foi corroborada por Luís Silva, da Adega Cooperativa de Palmela, que sublinhou o grande aumento da qualidade dos vinhos da região a que temos assistido, enquanto apresentava o novo perfil e a nova imagem dos vinhos da marca Vale dos Barris.
Em estreia absoluta estiveram os novos monovarietais da marca Ameias das castas Syrah, Touriga Nacional e Cabernet Sauvignon da SIVIPA – Sociedade Vinícola de Palmela, que segundo Filipe Cardoso, são vinhos robustos com bastante cor e estrutura e que podem de forma simples ser adjectivados quanto ao aroma como frutado, floral e balsâmico-mineral, respectivamente.
Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima, apresentou o Moscatel de Setúbal Reserva 2003, que apresenta aromas de alguma evolução, a mel, figos e uva passa. Na boca revela-se um vinho cheio, com boa estrutura e com final prolongado e intenso.
Por último, Luis Simões, apresentou o Moscatel de Setúbal 10 anos, da Casa Agrícola Horácio Simões, que pretende assinalar o início das comemorações do seu 100º aniversário.
Trata-se de um vinho de cor topázio escuro, com aroma intenso à casta moscatel, passas, mel, algumas especiarias e empireumáticos dados pela madeira. Na boca mostra-se longo e macio.
Em função das suas características, os vinhos foram acompanhados com diversas sugestões gastronómicas confeccionadas pelos restaurantes “O Bocas” de Setúbal, “O Ninho” de Montijo e “D. Isilda” de Palmela. |