O ministro da Agricultura, Jaime Silva, afirmou hoje que não há qualquer proposta do Governo para alterar a taxa de álcool no sangue permitida aos automobilistas, fixada actualmente nos 0,49 gramas por litro.
O governante comentava os protestos do sector vitivinícola, alarmados desde domingo com afirmações do secretário de Estado da Administração Interna, Ascenso Simões, que sugeriam uma revisão da actual lei, caso o sector vitivinícola não agisse para contrariar os números de mortos na estrada devido a excesso de álcool.
"Não há qualquer proposta do Governo para reduzir a taxa de álcool na condução de automóveis", garantiu Jaime Silva aos jornalistas, no Porto, à margem da cerimónia de entrega do prémio Jovem Agricultor 2005.
Segundo o ministro, houve uma "má interpretação" das palavras do secretário de Estado, que apenas manifestou a sua preocupação com um problema relacionado com o consumo excessivo de álcool por parte dos automobilistas.
Em 2004, morreram ao volante 667 condutores alcoolizados e os dados provisórios de 2005 dizem também que a maioria dos condutores que morreram nas estradas apresentava uma taxa acima das 1,2 gramas por litro, valor a partir do qual é considerado crime e implica a detenção dos automobilistas. |