Portugal em 7º no consumo de bebidas alcoólicas
Cada português consome 115 litros de álcool por ano
SIC | 09-04-2006

O excesso de álcool é um das principais causas de acidentes em Portugal. Percebe-se porquê, olhando para os números que se seguem: no ano passado cada português consumiu em média 115 litros de álcool. Portugal é o sétimo país do Mundo onde se consomem mais bebidas alcoólicas.

No ano passado, 1023 milhões de litros de bebidas alcóolicas foram consumidos em Portugal. Por dia, o consumo médio ultrapassa os 2,800 milhões de litros.

Números alarmantes, revelados pelo Diário de Notícias, que fazem de Portugal o sétimo país do Mundo onde se consome mais álcool.

A cerveja é a bebida que vence em litros ingeridos. No ano passado, os portugueses beberam 517 milhões de litros. Ainda assim, bem menos do que em 2004, ano em que o país acolheu o Campeonato Europeu de Futebol.

Por cá, a segunda bebida favorita é o vinho. Foram vendidos 517 milhões de litros em 2005.
Já o consumo de bebidas espirituosas, caso do whisky ou da aguardente, rondou os 6 milhões e 700 mil litros.

Em todos os casos, há uma descida em relação ao ano anterior, que pode ser explicada em parte com a crise económica. Apesar da quebra, continua a aumentar o número de jovens que abusam do alcóol.

Um estudo do Centro Regional de Alcoologia do Norte, revelado pelo DN, mostra que mais de metade dos jovens entre os 18 e os 24 anos consomem.

E apesar de ser proibido por lei vender bebidas alcóolicas a menores de 16 anos, a verdade é que na faixa dos 15, 16 anos, dois por cento dos jovens admitem que já se embebedaram pelo menos 20 vezes.

Os números ganham maior destaque numa altura em que é retomada a discussão em torno da taxa de álcool no sangue permitida por lei aos condutores. É a segunda vez que um Governo socialista mostra intenção de baixar a taxa.

Apoiado num estudo que defendia só ser seguro conduzir 100 por cento livre de alcóol, António Guterres queria uma diminuição para os 0,2 gramas/litro. Dizia o mesmo estudo que essa redução podia evitar 100 a 200 mortes na estrada por ano.
A ideia não resistiu perante os protestos dos produtores de vinho.
José Sócrates recupera-a agora, numa altura em que são já 16 os países europeus com uma taxa inferior a 0,5.
 
 
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