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O ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu hoje à Lusa estarem já comprometidos 52 por cento dos 4,5 mil milhões de euros do Plano de Desenvolvimento Rural (PRODER).
"O PRODER tem neste momento comprometidos 52 por cento dos 4,5 mil milhões de euros. Nenhum deste dinheiro está perdido, isto é, há contratos feitos e assinados que já não podem voltar atrás", afirmou Jaime Silve em declarações à agência Lusa à margem da assinatura, no Porto, de um protocolo com empresas para aplicação do Código de boas práticas no Comércio do Vinho.
Segundo o ministro, o sector do vinho "tem o privilégio" de, além do PRODER, ter também 274 milhões de euros por si negociados durante a reforma do vinho para a promoção no exterior e reconversão das vinhas.
"Muitos projectos nestas áreas já estão aprovados e todas as medidas estão a andar", afirmou Jaime Silva, acrescentando que "todos os instrumentos estão em aplicação, as candidaturas já foram aprovadas, o dinheiro está a sair e os resultados vão ver-se sucessivamente a muito curto prazo".
Para o ministro, o vinho é, aliás, "exemplar" porque "não tem medo da economia de mercado e tem sido um dos menos apoiados, mas é o que está mais preparado (...) porque sabe o que é o risco e o que é o custo do investimento".
"As nossas empresas exportadoras de vinho e as próprias comissões de viticultura regionais anteciparam a crise e já estão a fazer promoção. Souberam, antes de chegar a crise (que afecta o consumo e o vinho não é um bem de primeira necessidade) antecipar a promoção", disse.
Relativamente ao protocolo hoje assinado por empresas de vinhos do Porto e Douro para aplicação do Código de boas práticas no Comércio do Vinho, surge no âmbito de um projecto pan-europeu de promoção da responsabilidade e moderação no consumo de vinho.
Intitulado "Vinho com Moderação", o programa é um compromisso do sector europeu do vinho para promover a responsabilidade no consumo de vinho e produtos vinícolas.
Neste âmbito, as empresas do Douro decidiram criar um Observatório de Responsabilidade Social, hoje apresentado e que contará com a participação do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), para acompanhar a implementação do projecto Vinho com Moderação.
"Temos aqui um exemplo de um sector que, quanto mais vendesse, mais ganharia, mas também mostra preocupações sociais e antecipa os fenómenos de sociedade do século XXI, que é sermos moderados no consumo, seja de calorias, seja de álcool", considerou Jaime Silva.
Segundo o ministro, a criação deste observatório, orçado em 190 mil euros, terá um apoio financeiro do Estado de 80 por cento.
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