Rota do Vinho da Bairrada aposta na atracção de clientes
Região Bairradina | 19-04-2006

Conseguir atrair os clientes, aumentando as transacções e negócios no sector vitivinícola é o alvo do projecto de “Revitalização da Rota do Vinho da Bairrada”, finalmente aprovado no ano transacto. A apresentação dos objectivos da reestruturada Rota foi feita na passada quarta-feira, dia 12, no Museu do Vinho Bairrada.

A divulgação dos vectores do projecto esteve a cargo de Carlos Cabral, primeiro doutorado português em Turismo, actualmente a leccionar na Universidade de Aveiro, instituição parceira na iniciativa.

Carlos Cabral identificou, então, quatro eixos principais de intervenção no projecto. O primeiro diz respeito à componente política/estratégica, ou seja, “todos os negócios têm de ter uma orientação estratégica”, explicou o Professor. Segue-se o eixo de componente de organização, gestão e comercialização de produtos. “Este trabalho tem um objectivo comercial e de aumentar o volume de negócios”, frisou. O eixo de componente tecnológica ocupa a terceira posição. “É preciso introduzir uma componente tecnológica forte, que sirva como sustentáculo, para que a rede de negócios funcione e que sirva de ligação para o exterior.” O quarto e último eixo é de componente económica. “Não acreditamos em redes que não sejam sustentadas economicamente”, esclareceu Carlos Cabral. “A questão vai ser analisar com cuidado os objectivos de todos os agentes que intervêm nesta área.”

Segundo o Professor, o grande objectivo “é trazer clientes que consumam o vinho da Bairrada, que fiquem agradados, que repitam, que comuniquem a outros o prazer de consumir estes produtos. Aí estaremos no bom caminho”, salientou.

Carlos Cabral falou ainda das grandes áreas de crescimento e desenvolvimento a nível de lazer e turismo, que têm a ver com movimento de pessoas, que estão cada vez menos ligadas à área do sol e praia e cada vez mais viradas para a área dos negócios. “Na região Centro, o potencial de negócios é muito mais elevado do que nos querem fazer crer”, afirmou. “Em termos de mercado doméstico das férias dos portugueses, a região Norte/Centro ocupa o primeiro lugar, com 36 por cento das preferências. O Centro não é um corredor. Temos muitos clientes, há que saber atraí-los e fazer negócio com eles.”
 
 
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