Após os recentes elogios tecidos pelo britânico Charles Metcalfe, os Vinhos do Dão são de novo presenteados com críticas muito positivas pelo norte-americano Paul J. White.
“O Dão oferece claramente uma alternativa aos vinhos do Douro ou Alentejo”, escreve Paul J. White na edição de Julho da revista WINE – A Essência do Vinho.
O especialista, nos últimos anos radicado na Nova Zelândia, visitou a região nos passados meses de Março e Junho, tendo tido oportunidade de visitar diferentes produtores e de provar dezenas de vinhos do Dão, das mais diversas colheitas.
“Fiquei impressionado como os vinhos tintos encaixaram tão bem no segmento dos Pinot Noir: Mais tarde, li que um perito do século XIX uma vez descreveu os vinhos do Dão como tendo um forte carácter de Borgonha, o que sugere que este traço estilístico está profundamente enraizado na região”, sublinha Paul J. White.
Adepto dos vinhos que exprimam o “terroir” de origem, Paul J. White entende que “o Dão parece ter emergido de uma fase de transição e não está no meio de um período de experimentação, revitalização e redescoberta” concluindo, por isso, que “o melhor é que permaneceu fiel às suas tradições, não perdeu a sua alma no processo”.
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, Valdemar de Freitas, entende estas afirmações como “mais uma prova inequívoca de reconhecimento da qualidade dos Vinhos do Dão, que começam a assumir-se como um produto claramente acima da média, capaz de convencer a crítica internacional mais exigente”.
Valdemar de Freitas conclui, reiterando que “os agentes económicos que operam no Dão deverão perceber em definitivo a janela de oportunidade que entretanto se abriu para promoção e divulgação dos seus vinhos, aumentando a penetração nos mercados sobretudo externos”. |