A Quinta do Vallado, junto à Régua, estreia na próxima vindima, em Setembro, uma sofisticada adega que representa um investimento de cinco milhões de euros e permite duplicar a capacidade de produção para as 600 mil garrafas.
À nova adega, o Vallado junta uma nova quinta com 40 hectares no Douro Superior e um novo edifício com oito quartos para o Enoturismo. O valor total de investimentos ronda os oito milhões de euros.
A Quinta do Vallado é gerida pela dupla Francisco Ferreira (gestão agrícola e administrativa) e João Álvares Ribeiro (área comercial), que conta com a ajuda do enólogo Francisco Olazabal. São todos familiares e descendentes de Dona Antónia Adelaide Ferreira, que viveu no século XIX e historicamente ficou conhecida como a "Ferreirinha", empresária que dedicou a sua vida à cultura da vinha e à produção de vinho, no Douro.
João Álvares Ribeiro afirma que a adega representa o "maior investimento da história desta propriedade", implantada nas encostas do rio Corgo.
A capacidade de produção actual de 300 mil pipas esgotou-se em 2008, devido à crescente procura dos vinhos nos cerca de 30 mercados em que a Vallado está presente.
Agora, segundo Francisco Ferreira, a nova adega permitirá duplicar a produção para as 600 pipas e introduzir a "melhor tecnologia actualmente existente para a produção de vinhos".
São dois edifícios, cada um com cerca de 1000 metros quadrados, onde ficarão instalados o armazém de fermentação e a cave de barricas (envelhecimento), num projecto assinado por Francisco Vieira de Campos.
Esta cave que, segundo Francisco Ferreiro, terá total isolamento e humidade controlada, vai ter capacidade para 1000 barricas.
Na zona de fermentação, haverá seis lagares de granito para pisa a pé com vista à produção de vinhos do Porto e lotes especiais de vinho de mesa, e estará equipada com robot de remontagem automática, quatro balseiros de 6800 litros para fermentação e armazenagem de tintos, 35 cubas de fermentação, linha de engarrafamento e prensa de vinhos brancos.
Francisco Ferreira frisou que a ideia é aproveitar ao máximo a inclinação característica dos terrenos durienses, recorrendo à gravidade para tornar menos dispendioso o processo de vinificação.
As uvas vão cair por gravidade nas cubas de fermentação em inox.
Do projecto faz ainda parte a construção de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), que vai custar 400 mil euros.
O Vallado vai abrir um novo espaço para recepção de visitantes, onde estará disponível uma loja de vinhos e espaço multimédia para apresentações e provas de vinhos.
João Álvares Ribeiro salientou ainda a aposta no Enoturismo, com a construção de raiz de um novo edifício, com oito quartos, num projecto também do arquitecto Francisco Vieira de Campos.
Actualmente, o Vallado dispõe de cinco quartos para turismo, de uma cozinha preparada para cursos de culinária, além de piscina e barcos para passeios no rio Douro. |