A aguardente da Lourinhã, a única em Portugal e uma das três da Europa com denominação de origem, tem qualidade e potencial para se tornar mais competitiva no mercado, revelam estudos de investigação.
Numa avaliação realizada a 400 consumidores, "verificou-se que estava em segundo nas preferências de um grupo de consumidores com apetência para o produto, o que veio a abrir perspectivas de mercado", explica Ilda Caldeira, investigadora da Estação Vitivinícola Nacional de Dois Portos (Torres Vedras).
Os estudos realizados pela Estação Vitivinícola desde 1996 têm contribuído para um melhor conhecimento das potencialidades do produto, abrindo novas oportunidades para os agentes económicos de um produto, que chegou a ser usado no processo de fermentação do vinho do Porto. Como consequência, "tem havido um acréscimo de produtores", revelou à Lusa o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Lourinhã, Fernando Oliveira.
A área de produção está estimada em 50 hectares, pertencentes a meia centena de produtores. "De 2004 a 2008 a comercialização de aguardente triplicou e nos dois últimos anos tivemos taxas de crescimento nas vendas entre os 20 e os 30 %, o que significa que a aguardente começa a entrar no mercado", acrescentou. |