O NERGA – Associação Empresarial da Região da Guarda e a CVRBI - Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, realizam no dia 16 de Junho, na Quinta Ponte (Faia - Guarda) o “2º Concurso de Vinhos da Beira Interior”.
A atribuição de prémios, em vez de ser feita no âmbito da Beirartesanato – Feira de Artesanato da Guarda, como aconteceu em 2008, vai ocorrer no dia 27 de Junho, durante um jantar da Confraria dos Enófilos da Beira Interior, a realizar no Arquivo Distrital da Guarda, onde também serão entronizados novos confrades, anunciou em conferência de imprensa, na passada segunda-feira, 8 de Junho, o presidente do NERGA, Pedro Tavares.
De acordo com os promotores da iniciativa, o “2º Concurso de Vinhos da Beira Interior” tem como objectivos “promover a qualidade dos vinhos da região demarcada da Beira Interior, bem como, através deles toda a região; incentivar a sua produção e estimular o seu consumo moderado como factor de civilização; ampliar conhecimentos, acumular experiências e cultivar relacionamentos entre efectivos e potenciais profissionais do sector (elevar o nível técnico e cientifico dos participantes); atrair agentes económicos do sector dos vinhos; e fomentar novos hábitos e criar novos consumidores”.
João Pedro Esteves, presidente da CVRBI adiantou na conferência de imprensa de apresentação do certame, que vão estar 64 vinhos a concurso, brancos, tintos, rosados e espumantes, produzidos na região, que serão apresentados por 24 produtores, 5 Adegas Cooperativas e 15 particulares.
Para cada uma das categorias em concurso serão atribuídos os seguintes prémios: “Melhor Vinho DOC Beira Interior” apresentado a concurso; “Melhor Vinho Regional Beiras” apresentado a concurso; “Medalha de Ouro” (vinhos classificados com entre e”88 e d”100 pontos); “Medalha de Prata” (vinhos classificados com entre e”83 e d”87,99 pontos); e “Menção Honrosa” (vinhos com classificação entre e”80 e d”82,99 pontos).
O Júri de Prova será constituído por um presidente, António Galhardo Simões, nomeado pela CVRBI, mais 16 elementos: Anselmo Mendes (Enólogo), Cancela de Abreu (Enólogo), Horácio Simões (CVR Península de Setúbal), Fernando Melo (Revista Wine), António Sousa (Enólogo), Rui Alves (Enólogo), José Tojeiro (CVR Távora Varosa), José Pinheiro (CVR Vinhos Verdes), Licínio Coelho (CVR Bairrada), Assunção Agostinho (CVR Dão), Mário Andrade (Enólogo), Paulo Pechorro (Associação de Escanções), Nuno Galvão (Enólogo), Cândida Vale (IVDP), Isabel Alves (Enóloga) e Carlos Silva (UDACA).
Na apresentação da segunda edição do certame, o presidente do NERGA, Pedro Tavares, referiu que no seguimento do concurso do ano passado, as duas entidades promotoras decidiram “não deixar cair uma iniciativa que teve êxito e é importante para o sector vitivinícola”.
Já João Pedro Esteves, presidente da CVRBI, disse que o concurso justifica-se porque “os nossos vinhos estão a melhorar muito, mas infelizmente, ainda há muita gente que não está a certificar vinhos e vendem-nos como vinhos de mesa”.
Admitiu que o concurso também serve para motivar os produtores, assinalando que “só este ano, na Beira Interior, apareceram quatro novos produtores engarrafadores”. “Todos os vinhos premiados são divulgados pela comunicação social e o prémio é referido na própria garrafa e isso ajuda bastante na comercialização e chama a atenção na prateleira comercial”, observou.
Já Pedro Tavares, observou que a garrafa de vinho que recebeu o primeiro prémio na edição de 2008 “atingiu os 20 euros no mercado, ou seja, será comercializado no restaurante a cerca de 50 euros”. “O produtor tem grandes vantagens mas também tem que ganhar o prémio”, disse.
CVRBI quer continuar na Guarda
A região vitivinícola da Beira Interior integra as sub-regiões de Castelo Rodrigo, Cova da Beira e Pinhel e a sua sede localiza-se na cidade da Guarda.
A Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior ocupa instalações do Ministério da Agricultura, cedidas por cinco anos através de um protocolo, mas o seu presidente referiu que a direcção tenciona “arranjar instalações próprias”.
“Já falámos com o senhor presidente da Câmara da Guarda”, para que a autarquia ceda as instalações, referiu o dirigente que deu conta que “outras Câmaras cedem as instalações mas nós é que achamos que a sede deve continuar na Guarda”. |