São 750 garrafas de vinho do Porto e de branco e tinto da região do Douro distribuídas por 150 caixas que a comitiva presidencial levou para a Turquia, um país maioritariamente muçulmano, mas que levantou o embargo ao álcool.
Umas são para servir no almoço e no jantar oferecido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, durante a visita de Estado que hoje iniciou. As outras são para fazer provas de vinhos destinadas a não muçulmanos, organizadas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), em Ancara e em Istambul, duas das paragens da comitiva presidencial portuguesa.
O vinho não é, naturalmente, destinado aos muçulmanos, mas sim a quem o puder beber e também aos muitos milhares de turistas que visitam anualmente a Turquia, afirmou aos jornalistas Luciano Vilhena Pereira, do IVDP. Com estas provas, admitiu, o instituto quer “avaliar o mercado turco” e estudar uma possível entrada no país onde só dois por cento da população não é muçulmana.
Uma coisa é certa: quem for convidado para o jantar oferecido por Cavaco Silva e puder beber, poderá provar um branco da Gaivosa, de 2008, um Casa Burmester, reserva tinto, e um Twany Porto 10 Anos.
Já Basílio Horta, presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), afirmou aos jornalistas que as expectativas para a missão empresarial são boas e que a visita poderá significar “um grande impulso”. E não excluiu que, no final, possam existir negócios concluídos ou em perspectiva. Além da delegação de Ancara, a AICEP vai também abrir um escritório em Istambul, o coração económico da Turquia. |