Mais de meia centena de expositores, na sua maioria empresas ligadas ao sector vitivinícola, vão participal, no Pavilhão Municipal de Exposições do Cartaxo, entre quinta-feira e domingo, na XXI edição da Festa do Vinho.
O certame pretende "promover o concelho através do seu ex-libris, o vinho", como disse o vice-presidente da autarquia, Francisco Casimiro, assumindo-se como uma tradição que visa, também, "a valorização e promoção dos vinhos e da vitivinicultura do Cartaxo".
Integrado no projecto Cartaxo Capital do Vinho, o evento é considerado o palco privilegiado de encontro de produtores de vinho, tertúlias e confrarias enófilas.
A inauguração será marcada pela Bênção do Vinho, como forma de pedir a intervenção divina para que o ano seja de bons vinhos, que haja pujança vinícola e qualidade nos néctares produzidos na região.
Para além de uma mostra do tecido económico da região, haverá provas de vinhos e uma diversificada oferta da gastronomia regional nas oito tasquinhas participantes no certame.
As caracoletas na chapa e a açorda de sável são dois dos petiscos que poderão ser degustados.
Entretanto, a problemática das Adegas Cooperativas é o tema de um seminário, a realizar quinta-feira no Auditório do Museu Rural e do Vinho Cartaxo, numa organização da Câmara Municipal, da Associação de Municípios Portugueses do Vinho e da Federação Nacional das Adegas Cooperativas.
Outra das vertentes da Festa será o tradicional concurso de vinhos, que este ano contará com um total de 78 néctares em disputa.
A grande novidade da edição deste ano da Festa do Vinho é o I Passeio Roteiro Turístico do Vinho do Cartaxo, que permitirá aos visitantes de todo o país conhecer as casas agrícolas e adegas do concelho.
Por outro lado, dezenas de campinos vestidos a rigor e montados a cavalo vão desfilar pelas ruas da cidade, durante o fim-de-semana, à semelhança do que acontece desde 1990, naquela que é uma oportunidade para o público observar a mestria dos campinos na condução dos cabrestos.
A primeira Festa do Vinho foi realizada em 1988 e, segundo Francisco Casimiro, ao longo destas duas décadas o certame "tem vindo a afirmar-se na região e a conquistar notoriedade nacional".
Apesar da crise, a organização espera manter a média do número de visitantes dos últimos anos, na ordem dos 45 mil, até porque as entradas são gratuitas. |