Bruxelas atribuiu a Portugal 14 milhões de euros para apoiar o arranque de vinhas, uma medida no âmbito da qual o ministério da Agricultura recebeu 2.261 candidaturas correspondentes a um investimento 30,4 milhões de euros.
Segundo o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, "os pedidos aceites pela Comissão corresponderam somente a 46 por cento dos apresentados pelos Estados-membros".
Para Portugal, "o montante atribuído pela Comissão foi de 13,961 milhões de euros o que, aplicando os critérios de prioridade", deve abranger os viticultores com idades superiores a 55 anos e que pretendam proceder aos arranques totais das suas parcelas, explicou fonte do Ministério.
A segunda prioridade para atribuição de apoios corresponde aos arranques totais em que a idade dos viticultores seja inferior a 55 anos.
O prazo para apresentação de candidaturas a esta medida terminou em meados de Setembro e foram recebidos 2.261 pedidos correspondentes a uma área de 5.107 hectares e um investimento de 30,4 milhões de euros, segundo os dados do Ministério liderado por Jaime Silva.
As Beiras e o Ribatejo são as regiões com maior área em condições de elegibilidade, com 1.508 e 1.375 hectares, respectivamente.
Quando a análise é realizada tendo em conta os valores, o Ribatejo está em primeiro lugar com 9,8 milhões de euros de candidaturas, seguindo-se as Beiras, com 7,8 milhões de euros.
O objectivo desta medida, que vai prolongar-se por três campanhas, é apoiar a retirada de produção das superfícies vitícolas "mais desajustadas da procura", no mercado, com um montante médio de seis mil euros por hectare.
As ajudas comunitárias para arranque de vinha, vêm na sequência da reforma do sector que lhe "imprimiu uma orientação mais liberal" e visam "compensar os produtores que pretendam abandonar a exploração total ou parcialmente". |