Comunicado do IVV, I.P.: entrega de prémios no evento "LISBOA CELEBRA O VINHO"
IVV, I.P. | 14-01-2009

Dinamismo e modernização do sector dos vinhos foram os grandes temas do evento “Lisboa Celebra o Vinho”, realizado no Terreiro do Paço no passado dia 7 de Dezembro. Intervenientes do sector foram distinguidos pelo Ministro Jaime Silva com ‘Prémios Carreira’ e ‘Prémios Empreendorismo e Inovação’.

Os ‘Prémios Carreira’ foram entregues a Joaquim Madeira e a Jorge Monteiro. Ambos figuras notáveis do nosso sector com um desempenho que, ao longo de vários anos, se destaca dos demais intervenientes do sector.

Joaquim Madeira, ex-Presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, que se distinguiu pelo seu papel absolutamente decisivo no desenvolvimento e afirmação do Alentejo como região vitivinícola de excepção. Joaquim Madeira contribuiu para dotar a região de uma sólida base técnica para a base legislativa de constituição da Denominação de Origem Controlada Alentejo em 1988, assim como para promover a rigorosa certificação da qualidade dos vinhos do Alentejo e divulgação dessa qualidade para o exterior, junto do consumidor nacional e internacional.

Jorge Monteiro, ex-Presidente do Instituto do Vinho do Porto (IVDP), igualmente distinguido com o ‘Prémio Carreira’, pelas funções exercidas ao longo de 10 anos, destacando-se por ter contribuído para manter a estabilidade e o profissionalismo que tem, desde então, vigorado no IVDP. Foram 10 anos de trabalho árduo, mas repletos de realizações positivas, sendo de destacar a sua lealdade, profissionalismo e conhecimento profundo do sector e da envolvência regional, implementando, sem falhas, as medidas que lhe foram incumbidas, entre elas a tão significativa dinamização do sector cooperativo.

Os ‘Prémios Empreendorismo e Inovação’ foram entregues a empresas que se notabilizaram no sector por razões relevantes.

A empresa DUORUM Vinhos registou, desde a sua constituição, notáveis índices de empreendedorismo, inovação e orientação para o consumidor-final.

Um projecto da responsabilidade dos enólogos João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco que assenta na autenticidade e sustentabilidade como resposta aos novos desafios do mercado mundial do vinho, no qual foi envolvido um investimento relevante. Conciliou-se a produção de vinhas velhas com uma plantação de vinha nova em terreno virgem, dando protagonismo a velhas castas portuguesas autóctenes e tradicionais na região (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e, para a sua revitalização, Sousão e Tinta Francisca).  O produto final é, assim, proveniente de um blend de uvas de duas origens durienses (Cima Corgo e Douro Superior) e, naturalmente, surpreendente.
A Casa Ermelinda de Freitas, igualmente premiada, notabiliza-se como um caso de sucesso numa gestão marcadamente feminina, fundada por Ermelinda de Freitas, mãe da actual proprietária, Dr.ª Leonor Freitas que mantém e renova o seu espírito inovador e diferenciador.

“Não se investe para fazer mais, mas sim para produzir o melhor”: A Casa Ermelinda de Freitas tem, ao longo dos anos, sabido apostar na diversificação e qualidade dos seus vinhos.  De Destacar também o empenho ao nível da responsabilidade social, enquanto empresa inserida num contexto social para o qual contribui e ajuda a construir, representando sem dúvida uma mais-valia para a sua região. Ultimamente, tem vindo a registar um período de grande expansão com significativos investimentos na qualificação dos seus recursos humanos, vinhas e infra-estruturas de vinificação. Aliar a evolução enológica às novas tendências do mercado, sempre pautada pela Qualidade, tem sido desde sempre o seu lema. É de notar que já recebeu vários prémios a nível Nacional e Internacional dos quais se destaca o recentemente conquistado Prémio de Melhor Tinto do Mundo no Concurso Vinailes Internacionales com o seu Syrah 2005.

A Adega Cooperativa Regional de Monção Crl não podia também deixar de ser premiada neste evento.  Com efeito, o seu dinamismo, modernidade e rentabilidade, destacam-na entre as suas parceiras. Fundada em 1958 por iniciativa de 25 viticultores, representa actualmente mais de 1.700 cooperantes da sua região, destacando-se no seu incentivo à formação profissional dos cooperantes e aconselhamento na qualificação das vinhas e castas autóctones (Alvarinho, Loureiro e Trajadura). Levou a cabo um grande investimento na modernização das suas instalações e dos seus processos, tendo introduzido inovações a vários níveis, desde a Qualidade à produção de novos tipos de vinho na região.  Caracteriza-se, ainda, pela sua rentabilidade, com um assinalável crescimento sustentado desde 1990.
 
 
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