A maior taça de espumante do mundo é uma das atracções da exposição a inaugurar amanhã, no Museu do Vinho da Bairrada, em Anadia. A escultura em ferro tem 2,5 metros de altura e pesa quase uma tonelada. “Segundo o livro Guiness de recordes, o maior flute de champanhe tem cerca de dois metros de altura. Este é o maior do mundo, tem 2,5”, disse hoje o director do museu, Pedro Dias.
Da autoria de Rogério Timóteo, “especialista em escultura monumental”, a escultura demorou vários meses a ser construída e será exposta no átrio do edifício, com vista para as vinhas “da casa-mãe do espumante português” e para a estação vitivinícola da Bairrada. “Houve uma preocupação de estabelecer a interligação da obra de arte com o espaço arquitectónico do museu e com a envolvente histórica do exterior do edifício”, sublinhou Pedro Dias.
A obra de arte acompanha outras cinco “também de grande dimensão”, integrantes da exposição "Equilibrium", que estará patente até 19 de Abril de 2009. Uma outra peça – com quase oito toneladas e posicionada no exterior do museu – representa a figura de uma mulher, na proa de um barco, segundo o responsável, numa alusão aos “vinhos de embarque”. “Faz o casamento entre o ferro e o mármore com a pedra do período mais clássico”, explicou.
Para além da exposição de escultura, o Museu do Vinho da Bairrada vai inaugurar na ocasião uma outra, dedicada à pintura, fotografia e instalações. A mostra intitula-se “Matar a Sede” e comemora os 25 anos de carreira do artista plástico Gustavo Fernandes, que, segundo opinião do director do museu, utiliza uma técnica “verdadeiramente surpreendente” em grandes telas, mostrando-se “exímio na utilização da luz e criando efeitos de tridimensionalidade fantásticos”.
Uma mostra de setenta caricaturas, da autoria de Luís Gamelas e Eugénios, completa o ciclo de inaugurações agendadas para amanhã. Intitulada “Eugeniaturas”, a exposição retrata personalidades da vida política portuguesa, bem como do teatro, televisão, futebol e música – “com um sentido humorístico bastante aprimorado”, defendeu Pedro Dias. |