O Governo de Macau anunciou o corte para 0% nas taxas de importação de bebidas alcoólicas com menos de 20º (medida idêntica já adoptada pelo Governo de Hong Kong).
Em face do imenso superávite do orçamento da região (aprox.+14% do PIB de Macau), não tem expressão a perda fiscal de Eur 6.8 milhões (que reportado à população portuguesa equivaleria a Eur 130mn).
A medida potencia ainda mais o sector do turismo, e em menor escala os canais de retalho, onde circula predominantemente o vinho português.
Contudo, são de salientar dois aspectos importantes para as empresas portuguesas exportadoras:
1. À semelhança de Hong-Kong, não é de prever que o corte nas taxas se repercuta no canal de restauração, sendo apropriado o ganho pelos operadores. Nas cadeias de retalho, a tendência é para a repercussão apenas parcial. Ou seja, não é de esperar nenhum efeito de elasticidade relevante.
2. A abolição de taxas pode levar à fragilização dos importadores tradicionais de Macau, facilitando ainda mais os grandes importadores sedeados em Hong Kong. Ou seja, acentua-se ainda mais a facilidade com que estes últimos conquistam posições em Macau. |