O Festival Internacional Douro Jazz terá 56 espectáculos e 80 músicos de seis países. Seis concelhos transmontanos acolhem um evento que coincide com as vindimas. Começa no próximo dia 19 e dura um mês.
O evento vai na quinta edição e foi apresentado ontem, em Vila Real. A maior novidade é o alargamento do cartaz à cidade de Lamego. Mantêm-se os concelhos de Vila Real, Régua, Chaves, Bragança e São João da Pesqueira. O Instituto do Vinho do Douro e Porto cede o lugar na organização ao Museu do Douro.
O cabeça-de-cartaz deste ano é o guitarrista espanhol Vicente Amigo. Entre outros nomes, destaque para outro guitarrista, o americano Andy Mckee, e para o saxofonista inglês Christian Brewer. Entre várias participações portuguesas, relevância para o Quarteto Sofia Ribeiro, premiado, na semana passada, na Polónia.
O objectivo do Douro Jazz continua a ser "atrair gente de todo o país" e por isso também se vai fazer "um "esforço grande para que o festival saia para a rua", salienta Vitor Nogueira, director do Teatro de Vila Real.
Neste âmbito, estão programadas 15 arruadas nos centros históricos com três grupos, sendo que um deles é a banda residente Douro Jazz Marching Band, criada para o efeito.
E como se pretende que o festival seja "uma festa", o programa complementar foi enriquecido com uma feira de objectos culturais durienses, um workshop de guitarra e o lançamento de mais um vinho alusivo ao evento.
O director do Museu do Douro, Maia Pinto, brincou que "para além do défice, há muita coisa, mas o essencial é a música", desafiando o Teatro de Vila Real a "criar um festival de ópera".
E justificou: "É um género parecido com o jazz, popular, que deixou de ser feito nas aldeias e nas vilas para passar paras as grandes salas, herméticas, e para um determinada classe social". |