Rota do Vinho vai avançar no Algarve
Barlavento On-line | 27-08-2008

O Algarve vai ter uma Rota do Vinho, que deverá ser lançada até ao fim do ano, revelou ao «barlavento» o director regional de Agricultura e Pescas.

A Rota, que deverá englobar as 19 adegas do Algarve – 17 privadas e duas cooperativas – está a ser desenvolvida em conjunto pela Direcção Regional de Agricultura e pela RTA, a Entidade Regional de Turismo do Algarve.

«Já tivemos duas reuniões sobre este tema com as adegas, das quais saíram uma comissão mais reduzida de pessoas ligadas aos produtores. Estamos agora na fase de criar os estatutos e os regulamentos pelos quais se há-de reger essa Rota dos Vinhos do Algarve», acrescentou Castelão Rodrigues.

Outro aspecto que está também a avançar é a «sensibilização dos presidentes das Câmaras Municipais, para a necessidade de colocar sinalética adequada desta Rota dos Vinhos», uma forma de chamar a atenção para este novo e importante produto turístico.

Além do aspecto do turismo, Castelão Rodrigues faz questão de salientar a importância que a Rota do Vinho vai ter para a própria economia dos produtores de vinho, um sector que nos últimos anos ganhou um novo fôlego e é, actualmente, dos mais dinâmicos da agricultura algarvia.

«Com a organização de uma Rota do Vinho, o número de visitantes vai aumentar nas adegas algarvias», sejam elas particulares ou cooperativas.

«Tive acesso a dados não oficiais que indicam que só a adega de Cliff Richard na zona da Guia teve no ano passado qualquer coisa como 10 mil visitantes, o que certamente teve um impacto muito significativo nas vendas dessa adega privada», sublinhou o director regional.

É que os visitantes não se limitam a conhecer as adegas, as vinhas, os métodos de produção e a provar os vinhos: eles compram vinhos para levar para casa, para oferecer aos amigos.

Sendo na sua esmagadora maioria turistas, e estrangeiros, muitas vezes, tornam-se em verdadeiros embaixadores dos vinhos de uma determinada região nos seus países.

Uma ajuda à divulgação e à internacionalização que os vinhos do Algarve, apesar da pequena dimensão da sua produção, certamente não enjeitam.

No Algarve, grande parte dos produtores particulares já tem estruturas para receber estes eno-turistas.

Também a Adega Cooperativa de Lagoa abriu recentemente uma loja nas suas actuais instalações, onde vende os vinhos e a partir da qual se fazem as visitas às caves.
 
 
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