A Adega Cooperativa de Marco de Canaveses, depois de ser dada como tecnicamente falida em 2005, procura associados. Segundo a administração da Adega, o crescimento das vendas não é maior devido à falta de matéria-prima.
Discutido, em Assembleia-geral, o encerramento da Adega por falta de escoamento da produção vinícola, em 2005, a instituição está agora a renascer das cinzas e tem a expectativa de crescer o triplo em 2009.
"A falta de maturidade, por parte da direcção, a falta de técnicos qualificados e a crise nos vinhos levou a que esta situação se complicasse", conta Amadeu Marramaque, director da adega. "Quando as coisas estavam a correr mal decidi fazer uma parceria com a Cooperativa Agricula", acrescenta.
A parceria entre as duas cooperativas foi, segundo o dirigente, o melhor que poderia ter feito, devido à qualificação do gestor. Vítor Rocha, gestor da cooperativa agrícola, passou, desta forma, a ajudar na gerência da adega. "Tiveram que ser feitas muitas mudanças na adega, desde o despedimento de pessoal, à restruturação da administração. Passamos a fornecer vinhos ao comércio tradicional, deixando as grandes superficies de lado", explica Vítor Rocha.
Com eleições à porta, o actual responsável pela direcção diz recandidatar-se para poder sair em 2011 , deixando a adega com avanços. Foi lançado, pela adega, um apelo aos diversos produtores vinícolas para que voltem a depositar as suas produções na cooperativa. Para o efeito, enviaram uma circular aos associados descrevendo o crescimento da adega e as mudanças que foram feitas, desde 2005, até agora.
"Com este progresso podemos garantir aos associados um pagamento ao nível da média do sector e pagar antecipadamente aquando da aprovação de contas do ano seguinte útil, em Março/Abril", afirma Vítor Rocha.
Com três marcas de vinho no mercado, "Tamacana", "Marcoense" e "Cruzeiro do Marco", a adega debate-se, agora, com falta de matéria-prima. "Não vendemos mais porque não temos matéria-prima. Se tivessemos mais associados a entregar uvas, era bom", salienta Amadeu Marramaque.
A actual Rota dos Vinhos do Marco agrupa um conjunto de produtores vinícolas cuja produção é reconhecida por enólogos como sendo das melhores regiões de Vinhos Verdes, assemelhando-se ao "Alvarinho" de Monção.
Na última campanha, a Adega Cooperativa do Marco produziu 350 mil litros de vinho branco e 150 mil litros de vinho tinto. |