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Cadastro é areia na engrenagem |
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Ilídia Pinto, Amin Chaar | Diário de Notícias | 02-02-2009 |
Entrevista. O novo líder do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto diz que os tempos são de tranquilidade no Douro.
Apesar das boas relações, mera burocracia ainda não permitiu o regresso da produção ao interprofissional. E o cadastro - "um valor cultural de grande importância" - continua em tribunal.
Concluídos os primeiros três meses de mandato, que balanço faz?
A resposta dos funcionários à minha presença foi positiva, o relacionamento com a tutela tem sido tranquilo e franco, as coisas têm corrido bem. A única coisa que neste momento ensombra, um pouco, estes três meses é que ainda não conseguimos trazer para o interprofissional os oito membros da produção que se demitiram anteriormente.
O conselho interprofissional está a funcionar?
Está a funcionar, mas reúne-se apenas com dois membros da produção e os elementos do comércio. Reuni-me com o senhor presidente da Casa do Douro e expus-lhe a importância da presença integral da produção no interprofissional, mas a questão é que esses oito membros perderam o mandato e o regulamento não permite que estes mesmos elementos sejam reconduzidos, obriga à nomeação de novos elementos.
E porque é que a Casa do Douro ainda não nomeou outros?
Alega que seria uma nomeação por pouco tempo, atendendo a que, em breve, haverá eleições (adiadas a semana passada de 1 de Fevereiro para 1 de Março). Nós é que não podemos parar.
Já é positivo mostrar abertura para voltar.
Claro que sim. As relações com a Casa do Douro são normais, não há qualquer problema.
Dos desafios que o ministro lhe colocou, ao dar-lhe posse, havia a necessidade de trazer de novo a produção para o interprofissional e de dar uma nova centralidade ao instituto na Régua. Que passos foram dados?
Primeiro temos de saber que serviços vai acolher a nova sede na Régua, só depois se pode lançar o concurso público. Estamos a fazer o levantamento da unidade operacional que queremos instalar ali, sendo certo que queremos que o Centro de Estudos Vitícolas do Douro fique no IVDP. Em breve vamos lançar o concurso e depois se verá.
Com esta nova centralidade, o que resta no Porto?
Tudo. Não se pense que se pega no instituto e se transfere para o Douro. Até pode vir a acontecer um dia, mas não assim de repente. Depende do movimento dos próprios operadores e fará sempre todo o sentido uma delegação do IVDP no Porto.
O cadastro ainda é uma 'areia na engrenagem' das relações com a Casa do Douro?
Há acções em tribunal, naturalmente há alguma 'areia na engrenagem'. Não sei se no futuro poderá haver algum entendimento. Não me admiro que a Casa do Douro pense que aquilo tem valor. E tem. Há espólios documentais que têm imenso valor, portanto o cadastro também o terá com certeza. E se me disser que [o cadastro] podia ajudar a resolver alguns dos problemas actuais, não duvido de que podia. De certa maneira, isso já está a acontecer. Os viticultores, quando não têm conhecimento ou não são capazes de explicar exactamente a situação da vinha, muitas vezes vão pedir à Casa do Douro que lhes forneça elementos para poderem entregar ao IVDP. O cadastro é um bem cultural de grande importância para a região, nada impede que haja, por exemplo, um acordo da Casa do Douro para que o Ministério da Cultura fique com ele para o Museu do Douro |
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