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"Castas autóctones atraem cada vez mais investidores e produtores" |
Entrevista com João Tavares de Pina, enólogo e produtor na Região do Dão |
Virgílio Ferreira | Vida Económica | 16-01-2009 |
"Acredito, e sempre acreditei, nas castas autóctones, mesmo quando passávamos por alguns constrangimentos quando as referíamos aos enólogos e produtores do Sul".
É realmente a partir de vinhos produzidos com estas castas que poderemos dar um pontapé na monotonia dos vinhos das regiões quentes do mundo produzidos com as castas internacionais, afirma João Tavares de Pina, enólogo e produtor na Região do Dão, que tem na Quinta da Boavista, em Penalva do Castelo, a sua base. João Tavares de Pina, também consultor, é um entusiasta do Dão e da casta Jaen, que tenta valorizar internacionalmente.
Vida Económica - Em que medida é que a ligação familiar ao sector vitivinícola influenciou a opção de se tornar viticultor?
João Tavares de Pina - Claro que teve uma grande influência. Antes mesmo de ter consciência da profissão do meu pai, que foi toda a vida enólogo da Sogrape, e que vivia intensamente as suas responsabilidades, já eu acompanhava o meu avó nas actividades da Quinta da Boavista, sobretudo nas colheitas e na vindima. Na altura, o início do ano lectivo era em meados de Outubro, o que me permitia acompanhar até ao fim esses trabalhos, sobretudo o trabalho de vinificação, que no tempo, com os meios existentes, era bastante pesado e exigente em termos de mão-de-obra. Posteriormente, e até porque tive sempre pouco esclarecimento relativamente às opções académicas, sempre gostei de fazer muita coisa ao mesmo tempo. Ainda hoje, detesto tudo o que seja especialização - adoro alternar continuamente; o meu pai contribui especialmente para as minhas opções, começando logo por me encaminhar para Bordéus, onde passei dois anos. Mais tarde, quando em Vila Real tive de encontrar um tema para o relatório final de estágio, sugeriu-me e conseguiu motivação para que eu realizasse um trabalho de selecção de leveduras. Trabalho fantástico, que se desenvolveu durante três anos, com um resultado extraordinário, porque obtivemos uma estirpe isolada na Região dos Vinhos Verdes verdadeiramente fantástica, sendo a única levedura isolada em Portugal e a ser produzida industrialmente e ao mesmo tempo a ser comercializada pelo mundo fora.
VE - Como é que vê o actual momento do sector em Portugal?
JTP - Pelo que tenho possibilidade de ver, o sector continua efervescente. Faço alguns projectos de adegas, coordeno a instalação de outros e verifico uma enorme actividade, com novos investimentos e novos investidores, inclusivamente investidores estrangeiros e grupos portugueses consolidados. Já tem sido referido, finalmente, que este sector se tornou em algo bastante mais sério e profissional, à imagem do que já se passava com a nossa concorrência externa, por isso mesmo, estruturas com menos meios e pior apetrechadas em termos humanos estão a sentir dificuldades muito maiores. O consumo mundial de vinho cresce a níveis bastante interessantes, e há que aproveitar. Desde há muito que existe uma marca Portugal, e por mais detractores que tenha, o Mateus Rosé continua inigualável, não havendo marca alguma que atinja a dimensão que conseguiu e que projecte tanto imagem dos vinhos portugueses no mundo, daí o reconhecimento e a homenagem que o Fórum dos Enólogos prestou no dia 11 ao seu enólogo de quase 40 Anos, o meu pai João Tavares de Pina, por exactamente ter conseguido através do Mateus atingir esse reconhecimento para os vinhos portugueses.
Agora começamos a ter alguma notoriedade com os vinhos do Douro; graças ao vinho do Porto, ao inquestionável património vitivinícola da região, à beleza natural da região, e ao trabalho dos Douro Boys, juntamente com mais dois ou três enólogos e produtores. Acredito, e sempre acreditei, nas castas autóctones, mesmo quando passávamos por alguns constrangimentos quando as referíamos aos enólogos e produtores do Sul. É realmente a partir de vinhos produzidos com estas castas que poderemos dar um pontapé na monotonia dos vinhos das regiões quentes do mundo produzidos com as castas internacionais. A nossa grande diversidade de castas, mais ou menos trezentas, começa a aguçar a curiosidade dos consumidores, distribuidores e importadores de todo o mundo. Como sempre, porventura reflexo da pouca consciência histórica e cultural, foram poucos os que assumidamente defenderam a nossa identidade, e muito mais aqueles que desertaram por causas estranhas. Recentemente, verifico que uma despreconceitualização e um maior reconhecimento da qualidade do nosso património vitícola está a permitir que mesmo aqueles que há uma década atrás não tinham qualquer apreço pelas variedades nacionais comecem a tornar-se seus devotos.
VE - A Quinta da Boavista está associada a um conjunto de outros produtores. Acha que o futuro da promoção dos vinhos portugueses passa pela criação de portefólios complementares de regiões nacionais?
JTP - Foi com essa intenção que nos organizámos. Ainda não temos um umbrella, mas já nos entendemos muito bem, pois verificamos que não só não existem qualquer tipo de conflitos de interesse numa promoção desta natureza, por sermos todos de DOC diferentes, como nos complementamos, por podermos, de uma forma cómoda e centralizada num único stand apresentar um portefólio de alta qualidade e representativo das regiões mais importantes de Portugal.
VE - De que forma vê o futuro de Portugal enquanto produtor?
JTP - Vejo com grande optimismo, desde que tenhamos confiança e acreditemos nas potencialidades das nossas castas, e utilizemos as suas características únicas como pilar para a promoção externa. Os vinhos portugueses têm uma identidade própria e é isso que tem de ser utilizado para a sua promoção. Para que uma estratégia destas funcione é também necessário que se faça uma aposta firme na profissionalização das estruturas das CVR, à imagem do que já foi feito por algumas, como a dos vinhos verdes e do alentejo, para assim se conseguir estabelecer uma estratégia devidamente fundamentada, concertada e consistente com o apoio da ViniPotugal e da AICEP |
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6 comentário(s). Pág. 2|2 |
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2019-07-30 02:41:00 |
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2015-09-03 23:20:00 |
rf3F3swfDZYL
Utilizador: n13okeUi1VRD |
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E, agora, servie7o de tradue7f5es ao domicedlio:Da Marta para a Lola: "estar na galhofa" scifiniga estar na brincadeira, estar no gozo (atene7e3o que "gozar", em brasileas, ne3o e9 bem, bem, o mesmo);"Eles andem aed e se3o mais ce1s me3es": comente1rio malicioso de cariz popular que, distorcendo o correcto uso da forma verbal, acrescenta-lhe "se3o mais ce1s me3es" (se3o mais do que as me3es), pretendendo com isso dizer que, sendo as "me3es" - e, por extense3o, a feamea da espe9cie - assaz numerosas, "eles" sere3o ainda em nfamero superior;Da Margarete para a Marta: "excite3o" refere-se a uma espe9cie zoointerne9tica praticamente extinta que tinha como seu habitat certos ff3runs (ou, mais correctamente, "fora") onde nidificava e chocava posts de elevado coturno intelectual."foi-se bouc": expresse3o utilizada pelos pastores de cabras das Ardenas quando algum dos animais se tresmalhava;"foice bougre!": expresse3o de incitamento e0 luta, comum entre os cavaleiros camponeses, no ano 1000, no lago de Paladru. |
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