Nos EUA, a lista de vinhos alinha-se pelas castas: cabernet, syrah, merlot... Ou se é de uma ou de outra. Os americanos, em vinho, são pelas decisões simples.
Como os mestres-de-obras portugueses são Mercedes ou Audi. Com o simplismo, os ianques escondem a ignorância, dizem--se do clube syrah como se é dos Red Sox desde pequenino.
A monocasta tranquiliza-os num domínio que eles, lá no fundo, sabem que só conhecem pela rama. Isso é mau para os nossos vinhos, que quando são cabernet são também trincadeira ou rabo-de-ovelha ou periquita. Vinhos portugueses são mestiços e nas listas dos restaurantes estão sob o título "Intriguing wines" (vinhos esquizóides)...
Só a mudança na América, tornando moda as misturas, nos salva. Só ela daria a ideia de que um vinho bom, mesmo, é quando junta uma casta do Kansas (merlot) e outra do Quénia (mourisco). Obama eleito ajudava a vender os nossos tintos.
Campanha do ICEP: "Se já o tem na Casa Branca, porque não na sua mesa?" |