Investir na qualidade
Situada em local privilegiado, na margem direita do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Crasto possui 130 hectares, dos quais 70 são ocupados por vinhas. Nos últimos anos, os seus vinhos têm sido alvo de diversas distinções nacionais e internacionais. Segundo Tomás Roquette, vários factores contribuíram para essa realidade: Um «terroir» de eleição, importantes investimentos que permitiram modernizar vinhas e instalações de vinificação e um acompanhamento especial, durante todo o ano, a essas mesmas vinhas (em particular, às mais antigas). A tudo isto, junta-se ainda uma equipa técnica empenhada - liderada pelos enólogos Dominic Morris e Susana Esteban - e um «marketing» agressivo, o que permite actualmente exportar 76% da produção da quinta, para mais de vinte países.
Com efeito, nos últimos quatro anos, na Quinta do Crasto realizou-se um significativo esforço de investimento em diversas áreas, de quase 3 milhões de euros. A plantação de 30 novos hectares e o melhoramento dos já existentes totalizou 1 milhão de euros. A instalação de uma adega para vinhos tintos, dotada da mais moderna tecnologia, teve um custo de 500 mil euros. A construção de um armazém para vinho engarrafado e de uma cave para barricas contabilizou outros 950 mil euros. Por último, o investimento anual em barricas de 200 mil euros (utilizadas apenas durante três anos) também é significativo. “Para o biénio 2007-2008, temos previsto um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros na instalação de uma adega adicional para vinho tinto, o que permitirá duplicar a nossa capacidade de fermentação para 400 mil quilos, e de uma nova cave com capacidade para cerca de um milhão de garrafas”, remata Tomás Roquette.
Além dos investimentos realizados no Crasto, os Roquette adquiriram recentemente a Quinta da Cabreira - uma propriedade com 120 hectares no Douro superior - uma compra que ascende aos 3,5 milhões de euros e virá complementar o aumento de produção previsto para a Quinta do Crasto.
O MAIS PREMIADO
A Vinha Maria Teresa, com cerca de 90 anos, é a mais antiga da Quinta do Crasto. “Quando o meu bisavô Constantino de Almeida, adquiriu a Quinta do Crasto e iniciou a plantação de novas vinhas, deu a uma delas o nome da sua primeira neta - Maria Teresa”, explica Tomás Roquette, da Quinta do Crasto. Esta vinha de 5 hectares, implementada em socalcos tradicionais a baixa altitude e com uma exposição a nascente, possui cerca de 30 castas tradicionais do Douro. Apesar da baixa produtividade de uma vinha muito antiga, é possível conseguir níveis elevadíssimos de concentração, o que permite obter um vinho muito complexo. Todos os anos, o Quinta do Crasto - Vinha Maria Teresa é vinificado separadamente, mas só é engarrafado nos anos em que atinge um patamar de qualidade excepcional. O resultado é um vinho muito vivo e concentrado na cor, aroma intenso a fruta madura muito bem integrada com a madeira. Na boca apresenta uma boa estrutura, com taninos bem presentes mas macios e um final longo e persistente. |