Desde Setembro que o Douro, esse "espaço de eleição", regressou às páginas dos jornais e às temáticas das conferências. Comemoram-se os 250 anos de um acto político de D. José, inspirado pelo Marquês de Pombal a criação no Douro de uma das primeiras zonas vinícolas de denominação de origem controlada.
Vale a pena comemorar? Penso que sim, porque os actos de clarividência política - que por cá tendem a escassear - merecem celebração. E porque, independentemente das vicissitudes e abusos historicamente registados ao abrigo daquela decisão inicial, nela reside a origem de um dos poucos produtos de excelência em que Portugal integra a elite mundial mais qualificada; não vale a pena citar os prémios internacionais, os "vintage" míticos, a crescente afirmação nos mercados mais exigentes ou o saber acumulado e combinado de produtores e enólogos para se perceber que temos no Douro um (infelizmente) raríssimo exemplo nacional de "cluster" de competitividade mundial.
Dois séculos e meio passados, aquela decisão inicial não só gerou uma sustentada excelência do vinho como, à laia de benefício colateral, criou uma paisagem única, de beleza e majestade suficientemente marcantes para merecer, em 2001, o galardão de património mundial da UNESCO. Actualmente, os que muito justamente receiam a excessiva dependência em relação à monocultura do vinho, paralelamente são levados a reconhecer o óbvio potencial, ao mesmo tempo complementar e alternativo, que hoje representa o turismo de qualidade, sendo já vários os empreendimentos que se vão consolidando, confirmando a existência desse novo filão. Mas a comemoração propicia também um olhar mais atento sobre o Douro, o qual suscita dois outros sentimentos, um de perplexidade e outro de risco. O primeiro resulta do constrangimento provocado, perante tal realidade, pela persistência de uma pobreza estrutural talvez mais do que há 250 anos, os pouco mais de 200.000 habitantes do Douro estão entre os mais pobres e menos instruídos do País, são 30% mais velhos do que a média nacional e têm um poder de compra equivalente a 39% do de um habitante da capital; o que os leva a, talvez por isso mesmo, abandonarem o Douro, nas últimas duas décadas à razão de quase cinco habitantes por dia. Será este território um buraco negro esquecido entre as prioridades das nossas políticas públicas? Diria que a questão não se coloca assim; ela é de outro foro, que o presente espaço não permite tratar: é que é quase impossível que 21 concelhos pobres - com menos habitantes que a maioria das freguesias das grandes urbes, ameaçados de envelhecimento e despovoamento, repartidos por quatro Agrupamentos de Concelhos pertencentes a quatro Distritos - consigam, apesar dos esforços de coordenação sem instrumentos da CCDRN, tirar proveito suficiente da proliferação de programas, interlocutores, serviços desconcentrados e políticas nacionais (turismo, agricultura, cultura, estradas e caminhos-de-ferro, ambiente, educação, saúde, etc.) centralmente definidos e incidindo desarticuladamente, na maioria dos casos, sobre o seu frágil território. |
2017-02-10 05:18:00 |
Utilizador: Servicehvm |
|
|
|
2017-02-07 16:26:00 |
A Republican Regularity in state of Medicare Gets a Revival
Utilizador: rtq02o |
|
The Affordable Misery Design contains some negatives, azithromycin 250 mg treatment but we requisite to ask ourselves this dubiousness: Do the costs outweigh the benefits? The average American has a end to benefit and minuscule to lose. Those making more, including larger firms and therefore their employees, may see denying fiscal effects. While some groups benefit more than others, walmart pharmacy price check most Americans desire benefit from the mod rights and protections like guaranteed coverage of pre-existing conditions and the elimination of mexican online pharmacies gender discrimination. Your haleness insurance costs may collapse up in the short off, but the trait of your insurance legitimate got a lot better. Under we bequeath also discuss the pros and cons of ObamaCare in regards to the conciseness, walgreens pharmacy hours healthcare costs, and the healthcare bustle in general. |
|
2017-02-06 04:17:00 |
A Republican Blueprint through despite Medicare Gets a Renaissance
Utilizador: duiyol |
|
Insurance companies must overlie odd people, generic viagra and this increases the cost of all and sundry’s insurance. To ensure people don’t just bribe coverage when they insufficiency it, most people sine qua non gain coverage or pay a per-month fee. Also, coverage can lone be obtained during annual open enrollment periods. Entire can be in debt to the fee apropos to forgetting to pay viagra without a doctor prescription a freebie, and then not be able to collect coverage until next unclog enrollment. Some people were benefiting from being in a low-risk group. Men in merit well-being with no pre-existing conditions, viagra en pharmacie en france who were not top exchange for anyone but themselves, and who remained vigorous had vulgar guarantee costs. They may have had niggardly restricted coverage in the vanguard the incentive hikes took vicinity in 2014. |
|
|
|