O director-geral da adega, Francisco Henriques, disse hoje à agência Lusa que as exportações para a Polónia e Coreia do Sul já se iniciaram e as negociações para começar as vendas para a Índia estão na fase final.
A empresa pretende incrementar o volume de exportações, segundo o responsável da adega, depois do seu vinho já chegar a mais de vinte países, com os Estados Unidos, Angola e China a ocuparem os primeiros lugares.
«As exportações da empresa estão a crescer, face a 2006, e acompanham a média de exportações dos vinhos do Alentejo», salientou.
Canadá, Brasil e vários países da Europa são outros dos mercados dos vinhos da adega de Borba.
Francisco Henriques manifestou ainda a opinião de que Angola é «um mercado em crescimento, muito dinâmico, à procura de vinhos do Alentejo, sobretudo de gama média alta e topo de gama».
«Em Angola temos entrado em novas cadeias de distribuição», observou.
Angola comprou este ano, até Outubro, mais de 1,8 milhões de litros de vinho do Alentejo e deve destronar os Estados Unidos do primeiro lugar do ranking dos países importadores dos tintos e brancos alentejanos.
O mesmo responsável afirmou, por outro lado, que o mercado da China «continua bastante dinâmico, mas é um mercado difícil, onde é preciso investir bastante quer em termos de marketing, quer na apresentação dos vinhos e na dinamização da marca».
De acordo com o director-geral, a adega de Borba pretende «alargar as exportações, obtendo novos clientes no mercado chinês».
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Joaquim Madeira, salientou que a adega de Borba «tem feito um importante trabalho de divulgação e comercialização dos vinhos na China».
De acordo com dados da CVRA, a que a Lusa teve acesso, Angola, Suiça, Brasil e China apresentam-se como os «mercados de maior crescimento» dos vinhos do Alentejo.
A empresa de Borba produz anualmente 1,1 milhões de caixas de 12 garrafas, tendo a produção de 2006 totalizado cerca de 14 milhões de litros de vinho.
A Adega Cooperativa de Borba recebeu, recentemente, o certificado de qualidade e segurança alimentar.
A adega reúne 320 viticultores que cultivam uma área de vinha de 2.200 hectares (70 por cento uvas tintas e 30 por cento uvas brancas), nos concelhos alentejanos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa.
Fundada em 1955, foi a primeira de um conjunto de adegas cooperativas constituídas no Alentejo.
O volume de negócios da empresa atingiu 18,3 milhões de euros em 2006, e este ano, segundo o director-geral, «vai crescer».