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Vendas de vinhos certificados de Lisboa subiram 18%

Apesar da crise afectar o consumo, nos primeiros três meses do ano os cerca de 100 produtores integrados na Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa venderam 4,8 milhões de garrafas de vinho certificado, correspondente a mais de 10 milhões de euros, disse João Ghira à agência Lusa.

A região produziu um total de um milhão de hectolitros, 15 por cento dos quais de vinho certificado.

Metade do vinho certificado vende-se nos mercados externos e alguns dos empresários do sector instalados na região de Lisboa "vendem a quase totalidade da sua produção no estrangeiros, sendo vários os casos em que se atinge 90 a 95 por cento", realçou João Ghira.

Para 2009, o presidente da Comissão Vitivinicola da Região de Lisboa disse esperar um aumento das vendas, mantendo a proporção de 50 por cento destinada a exportação com destino a Angola, Bélgica, Reino Unido, países da Escandinávia, Canadá, EUA, Alemanha ou Brasil.

A comissão, que é responsável por toda a certificação de vinhos produzidos na região, definiu uma verba de cerca de 1,6 milhões de euros para promoção em 2009, onde se inclui a presença em feiras em países como Brasil, Polónia, Reino Unido, Angola ou Rússia.

Através da publicação de uma portaria em Diário da República, os vinhos produzidos na região de Lisboa passaram a ter uma nova denominação, podendo apresentar o nome do distrito, em vez de Estremadura, para facilitar a promoção no mercado externo, disse João Ghira.

A criação da Indicação Geográfica "Lisboa" vai começar a aparecer nos rótulos das garrafas dos vinhos produzidos por cerca de 100 produtores numa área de 30 mil hectares, facilitando a identificação pelos consumidores através da ligação ao nome da capital portuguesa.

A nova Região de Vinhos de Lisboa produz cerca de 20 milhões de garrafas de vinho certificadas, além de aguardente, espumante e vinhos generosos.