CVRVV apresenta orçamento e ações de promoção
Vinhos Verdes vão investir 2,8 milhões de euros em 2013
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) vai investir este ano 2,8 milhões de euros em ações de promoção nos mercados interno e externo. O anúncio foi feito ontem, pelo presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, durante a apresentação do orçamento e do plano de atividades para 2013, no Porto.
Com os dados relativos ao primeiro semestre de 2012 a apontarem para um crescimento recorde das exportações – sete por cento em valor e 12 em volume –, o que acontecerá pelo 12.º ano consecutivo, o presidente da CVRVV estabelece como objetivo para este ano “reforçar a aposta nos mercados estratégicos do Vinho Verde”, ou seja, EUA, Alemanha, Canadá, Brasil, Suíça, Suécia e Reino Unido.
Dos 2,8 milhões de euros do orçamento para 2013, a CVRVV destinou 600 mil euros, 21 por cento, para os EUA, o principal mercado externo consumidor de Vinho Verde, com um volume de vendas de 2,2 milhões de litros no primeiro semestre do ano anterior, o que representa cinco milhões de euros.
O segundo maior investimento, em termos promocionais, vai ser feito no mercado nacional, com a CVRVV a prever aplicar uma verba de 550 mil euros em ações direcionadas para os profissionais do setor e para o consumidor final, o que representa 20 por cento do total do orçamento previsto para este ano.
Uma significativa fatia orçamental vai também ser investida no Brasil: 500 mil euros. O mercado brasileiro é cada vez mais prioritário para os objetivos traçados pela CVRVV, estando já no top 5 dos países que importam um produto único no Mundo – em 2011, quase um milhão de litros, ou seja, 1,2 milhões de garrafas, cruzou o Atlântico com destino às terras de Vera Cruz.
Alemanha (300 mil euros), Canadá (295 mil euros), Suíça (195 mil euros), Suécia (170 mil euros) e Reino Unido (190 mil euros) são outros dos países que vão estar na mira promocional dos Vinhos Verdes ao longo de 2013, completando os sete mercados estratégicos estabelecidos pela CVRVV.
Em 2012, mais de 30 por cento da produção de Vinho Verde foi consumida nos mercados externos, o que aconteceu pela primeira vez na história da região que, segundo o presidente da CVRVV, “assume definitivamente uma vocação exportadora”.
Para Manuel Pinheiro, as metas para 2013 “são, precisamente, apostar nos mercados estratégicos do Vinho Verde”, procurando reforçar a presença em países como os EUA, a Alemanha, o Brasil, a Suíça, a Suécia e o Reino Unidos, responsáveis por 80 por cento do investimento em ações de promoção para este ano.
“Em equipa que ganha não se mexe, assim como não se deve mudar um rumo que tem dado bons resultados nos últimos 10/12 anos”, defendeu Manuel Pinheiro, na apresentação do orçamento e plano de atividades promocionais, para justificar a opção da CVRVV em não apostar em nenhum novo destino, nomeadamente nos mercados emergentes, como, por exemplo, a China.
O “maior orçamento de uma região vitivinícola portuguesa” vai permitir levar a cabo, em 2013, um conjunto de ações promocionais nos mercados interno e externo, bem como possibilitar a presença dos Vinhos Verdes em alguns dos mais importantes certames mundiais do setor, como a PROWEIN, na Alemanha, em março, ou a Mesa São Paulo, no Brasil, em novembro.
Em Portugal, a CVRVV vai organizar a sexta edição do Concurso Vinhos Verdes&Gastronomia, cuja entrega de prémios terá lugar no Palácio do Freixo. Já o Palácio da Bolsa, também no Porto, vai receber a cerimónia de entrega dos Melhores Verdes 2013, concurso que a CVRVV promove há mais de 30 anos, com vista a distinguir os melhores vinhos em cinco categorias.
Em 2011, os Vinhos Verdes exportaram 38 milhões de euros para 90 mercados externos, o que representa 15 milhões de litros, mais oito por cento em relação ao período homólogo. Já em 2012, os dados oficiais, referentes aos primeiros seis meses do ano, apontam para um crescimento das exportações de sete por cento em valor (18,6 milhões de euros) e de 12 em volume (oito milhões de litros).
O mercado que mais importa Vinho Verde continua a ser o dos EUA, que, até junho do ano passado, havia já transacionado cinco milhões de euros e 2,2 milhões de litros, mais 16 e 10 por cento, respetivamente, do que em igual período de 2011.