Vinho Verde investe no enoturismo
Investimentos em enoturismo e numa campanha internacional promovem vinho verde no mundo.
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) lança quarta-feira o projeto Minho IN, para desenvolver o potencial de enoturismo do Minho a nível da qualificação da oferta e do produto.
A ideia é reestruturar a Rota dos Vinhos Verdes, aumentar o número de aderentes e, ao mesmo tempo, fazer crescer a estadia média na região.
"O enoturismo não é uma maneira de vender vinho, mas antes um setor túristico no qual o vinho é o mote", defende o presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, convicto de que "o enoturismo é um dos sectores que mais vai crescer nos próximos anos".
Considerado um dos mais promissores motores de desenvolvimento da região, o vinho verde serve, assim, de mote a esta iniciativa, que envolve um investimento de meio milhão de euros. O programa contempla a requalificação de recursos humanos, workshops formativos em áreas como técnicas de provas, organização de programas de enoturismo, elaboração de cartas de vinhos e, até, a aprendizagem de inglês e espanhol.
A CVRVV vai, ainda, lançar a Grande Rota dos Vinhos Verdes, um percursos de 200 km que levará os visitantes aos principais elementos patrimoniais e paisagísticos da região.
36 milhões em exportações
A iniciativa surge em paralelo com o arranque da maior campanha de sempre em promoção de vinho verde, que começou na passada semana, no Reino Unido, um dos mercados estratégicos para este produto, com um crescimento de 16% entre 2001 e 2010.
A campanha, com um orçamento total de seis milhões de euros, tem como objetivo reforçar a notoriedade da marca Vinhos Verdes no mercados externos, uma forma de ultrapassar, também, a estagnação no mercado naconal. Os alvos são países como os EUA, Alemanha, Brasil, Reino Unido, França e Polónia.
Nos últimos 10 anos, as exportações de vinho verde cresceram 84% em volume, passando a valer 14 milhões de litros e 36 milhões de euros.