Vinhos de Lisboa à conquista da África do Sul e Namíbia em 2014
A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa anunciou hoje que vai realizar em 2014 ações promocionais na África do Sul e na Namíbia.
A CVR de Lisboa, que divulgou em Torres Vedras a sua estratégia de investimento e de internacionalização para 2014 a 2016, anunciou que vai deixar, por dificuldades orçamentais, de realizar a promoção dos vinhos nos Estados Unidos da América e na Rússia, deixando-a a cargo dos distribuidores, e vai virar-se para África do Sul e Namíbia a partir de 2014.
"São mercados potenciais a desbravar porque há consumidores e apetite para o vinho e, por outro lado, os investidores estão a vender para Angola, o primeiro mercado, e Moçambique e conhecem bem o mercado africano", explicou Vasco Avillez, presidente da CVR Lisboa.
Para o próximo triénio, a CVR vai investir um milhão de euros na promoção dos vinhos, menos um terço do que neste último triénio.
No mercado dos vinhos, a CVR espera fechar 2013 com um aumento de mais de 5,4% as vendas para exportação face a 2012.
Quanto às vindimas deste ano, que estão a decorrer, há uma previsão de quebra de 15% na produção, devido às alterações climáticas e à falta de água desde maio.
Contudo, essa quebra é contrabalançada pelo aumento da qualidade das uvas, que poderá favorecer os agentes económicos nos mercados externos.
"Sendo as uvas de maior qualidade, há expectativa que os produtores certifiquem esse vinho de mesa como vinho regional e tirem maiores lucros, pois há potencial para ser exportado e, assim, a CVR também consegue aumentar as suas receitas com a venda de mais selos de certificação", disse Vasco Avillez.
O principal mercado externo dos vinhos de Lisboa é Angola, seguida do Brasil, Estados Unidos da América, Europa do norte e China.
Em 2012, devido às exportações, os vinhos de Lisboa aumentaram as vendas em 14%, a que corresponderam 30 milhões de euros faturados, que somaram aos 80 milhões de euros anuais de volume de negócios.
Em 2012, a região produziu 1100 milhões de hectolitros de vinhos, dos quais 22 milhões de litros são de vinhos certificados. Entre a produção certificada, 60% é vendida no mercado externo e 40% no mercado interno.