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Exportações para Angola crescem 162% e CVR TEJO quer conquistar mercado russo

De acordo com a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), o desempenho global ao nível das exportações de vinho da Região para o mercado internacional (União Europeia e países terceiros) ultrapassou os 2,5 milhões de litros em 2009, consubstanciando um aumento face ao desempenho do ano anterior.

“Apesar do actual cenário de profunda crise económica mundial colocar enormes dificuldades ao sector vitivinícola nacional, a Região do Tejo, em contra-ciclo, foi das poucas que conseguiu crescer em volume de vendas”, refere José Pinto Gaspar, Presidente da CVR Tejo.

Esta entidade pretende agora reforçar a sua posição em países como o Brasil, China, Suécia, Suíça, Holanda e Bélgica, mercados que definiu como prioritários até 2011, e ambiciona estrear os Vinhos do Tejo no mercado russo até ao final deste ano.

“Identificámos a Rússia como um mercado de oportunidade, onde a concorrência e implementação de outros vinhos portugueses não está tão desenvolvida como noutros países, o que abre boas perspectivas no que respeita ao objectivo de conquistar quota de mercado”, argumenta o mesmo responsável.

No mercado interno, os Vinhos do Tejo viram a sua quota de mercado crescer de 3% para 4%, valor que corresponde a um volume de negócios de €10,1 milhões.

Em crescimento está também a produção declarada de vinho, que atingiu no ano passado os 54,5 milhões de litros, valor que consolida um aumento na ordem dos três milhões de litros, comparativamente a 2008.

Enquanto entidade certificadora, a CVR Tejo autenticou em 2009 mais de meio milhão de garrafas do que em 2008, ultrapassando os 10 milhões de selos fornecidos, o que se traduziu num aumento da taxa de certificação na ordem dos 7%, número que quer repetir em 2010.

Para este ano, a Direcção da CVR Tejo pretende dar continuidade ao plano estratégico definido desde o início do mandato, em 2007, que visa um investimento global de cerca de €1M e que veio alterar a sua tradicional posição de entidade certificadora e dar ênfase à sua actividade de promoção.

“Investimos fortemente em meios humanos no nosso Departamento de Marketing e elaborámos vários projectos de investimento com recurso a fundos comunitários, com o objectivo de melhor promover os Vinhos do Tejo e tornarmo-nos num forte parceiro de negócios para os Agentes Económicos da Região”, reforça José Pinto Gaspar.

Consciente de que a notoriedade de uma Região Vitícola é uma tarefa que leva muitos anos a construir, mas determinado a garantir uma maior visibilidade nacional e internacional aos Vinhos do Tejo, José Pinto Gaspar mostra-se esperançado em alcançar os objectivos fixados:

“Estamos convictos que com uma política de investimentos que ajude a promover a real qualidade dos nossos vinhos, que já têm sido recompensados com inúmeras medalhas e prémios nacionais e internacionais, iremos, dentro de uma década, conseguir projectar o nome do Tejo em pé de igualdade com outras regiões de maior notoriedade”, conclui.