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Tomada de posse marcada para terça-feira

Vilhena Pereira e Paulo Osório gerem vinhos do Douro e Porto

Diário de Notícias | 18-10-2008 | Geral, Regiões, Outros
Dois durienses dão nova centralidade efectiva na Régua ao instituto.
O ministro da Agricultura escolheu para a direcção do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), cargo livre pela saída de Jorge Monteiro, para regressar ao sector privado, dois durienses, viticultores, e com experiência no sector, Vilhena Pereira e Paulo Osório. Uma forma de deixar claro que o instituto vai descentralizar efectivamente serviços para a Régua. Uma forma de o reforço da centralidade jurídica do IVDP, decidido há anos com o estabelecimento da sua sede na região, ser finalmente tornado real. "Vamos por esse rio acima", garante o ministro Jaime Silva.

Vilhena Pereira, ex-presidente da Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro, foi um dos nomes insistentemente falados desde a primeira hora. Paulo Osório é a surpresa. Director comercial da Adega Cooperativa de Vale de Rodo, na Régua, foi fundador da Lavradores de Feitoria e, antes ainda, representante da CAP em Bruxelas, onde se cruzou com Jaime Silva.

A tomada de posse está marcada para terça-feira, na Régua, precisamente para dar o sinal aos responsáveis do Douro da intenção do ministro de reforçar a presença do IVDP na região. Mas não só. Jaime Silva vai também anunciar novos investimentos para o instituto. "Feita que está a reforma do IVDP, com uma gestão racionalizada e uma nova lei orgânica. Processo em que só posso agradecer ao engenheiro Jorge Monteiro o trabalho muito positivo que fez, implementando o programa que queríamos. Vamos agora transferir para o instituto a tutela dos laboratórios e da câmara de provadores na Régua que eram da Direcção Regional de Agricultura", afirma o ministro. E salienta: "O IVDP fica apetrechado com tudo o que são serviços necessários ao seu funcionamento, sem ter de recorrer a serviços externos".

O instituto irá ainda construir uma nova sede junto aos laboratórios, que ficam numa zona nobre da cidade, na marginal do Douro, e remodelá-los. O objectivo é que fique com um centro vitivinícola de excelência, onde funcionará numa lógica de balcão único de apoio e informação ao agricultor.

"A sede do IVDP é na Régua e o instituto tem de olhar a evolução do mercado e da Denominação de Origem Controlada (DOC) Douro. É necessária este reforço de centralidade na Régua", frisa o ministro. Mas não se leia daqui que a denominação de origem Porto possa passar para um segundo plano. "A vertente Porto é uma obrigações histórica e que continuará a centrar-se nas instalações do IVDP no Porto. E eu estarei particularmente atento e não permitirei falhas na protecção dessa denominação", garante Jaime Silva.

A nova direcção terá, ainda, um novo desafio, conseguir que as adegas cooperativas, a maior parte das quais em situação económica difícil, avance para um processo de concentração, como o ministro vem defendendo.

Segunda-feira, Jaime Silva reúne com os autarcas da região, para que tenham um papel activo na mudança de mentalidades. Até porque as ajudas, no âmbito da nova organização comum de mercado dos vinhos, são majoradas no caso de projectos de concentração de adegas. "É preciso que se deixem de rivalidades regionais, no interesse do Douro", defende o ministro.

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