Vinho Verde tem de se valorizar no mercado
Futuro das PME dependente de parcerias
Daniel Bessa apresenta hoje Plano Estratégico às empresas do sector.
O vinho Verde, o segundo mais consumido em Portugal, tem de conseguir valorizar o produto junto do consumidor final, de modo a que este esteja disponível para pagar um preço mais alto. Uma estratégia que pressupõe uma aposta muito forte em marcas, mas que colide com a pequena dimensão da maioria das empresas do sector. Para estas, a solução passa, necessariamente, por se associarem, de modo a ganharem dimensão crítica, ou estarão condenadas a desaparecer.
Estas são algumas das conclusões do Plano Estratégico do Sector Empresarial Privado da Região dos Vinhos Verdes, elaborado por uma equipa liderada por Daniel Bessa para a Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE).
Num sector que conta com cerca de 600 empresas engarrafadoras, mais de 500 são pequenas e médias. As grandes obtêm rentabilidade graças às economias de escala, conclui Daniel Bessa. As micro e pequenas devem apostar essencialmente em nichos de qualidade e nichos geográficos. Já as médias estão estranguladas e precisam que o preço médio do vinho Verde aumente. Refira-se, a título de exemplo, que as marcas líderes, Casal Garcia e Gazela, têm um preço abaixo dos três euros.
O ano recorde das exportações de vinho Verde foi 2007, com 12 milhões de litros correspondentes a 26 milhões de euros, mais 3,5 milhões do que em 2006. Já em Portugal, foram vendidos 363 milhões de euros de vinho. O líder é o Alentejo com 37,3%, depois o Verde (18,2), Douro (8,5%) e Península de Setúbal (7,7%).|