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Jaime Silva quer falar individualmente com comissões vitivinícolas do centro para apelar à união

Agroportal | 08-01-2008 | Geral, Regiões, Outros
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu ontem que falará individualmente com cada uma das quatro comissões vitivinícolas regionais (CVR) do centro para que estas apresentem uma candidatura única a entidade certificadora.

"É importante ter dimensão e só haverá parcerias para quem tiver dimensão", sublinhou Jaime Silva no Porto à margem de uma reunião com empresários agrícolas.

Questionado pelos jornalistas sobre a relutância das CVR do Dão, da Bairrada e da Beira Interior em se unirem, optando por avançar com candidaturas individuais, o ministro garantiu que elas "não serão aceites".

"Estamos num mercado globalizado e não faz sentido apoiar projectos de pequenas regiões do país com pequenos envelopes financeiros. A nossa sobrevivência passa por juntar esforços, não tenho a mínima dúvida", explicou Jaime Silva.

Para o ministro, em Portugal existem já três grandes regiões: Douro, Alentejo e Verdes, resta agora que "as Beiras e o Centro criem as condições para serem também grandes regiões".

Isto porque, continuou, "o futuro passa por conquistar mercados externos e como se compreenderá não faz sentido apoiar uma marca numa feira internacional".

"Apoiar este tipo de campanha é desperdiçar força", frisou o governante.

Há cerca de um ano, Jaime Silva avançou a proposta de reforma para o sector e pediu às entidades que se agregassem e se candidatassem a certificadoras, com base no pressuposto de que trabalhar em conjunto permite aumentar o peso, dimensão e prestígio em termos de mercado.

Questionado sobre a decisão do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) de denunciar o protocolo que existia com a Casa do Douro para a gestão e fornecimento de dados do cadastro (instrumento que contém os dados sobre vinhos e respectivos proprietários numa região), Jaime Silva reiterou que se trata de "uma boa medida de gestão" daquele órgão.

"O protocolo foi feito em Fevereiro de 2005 e pressupunha a assinatura de um caderno de encargos que nunca teve validade porque nunca foi assinada pela Casa do Douro", justificou.

Nesta medida, prosseguiu, e tendo o IVDP a "obrigação de gerir bem o dinheiro que tem no orçamento, porque tem que libertar recursos para a produção" faz todo o sentido que o protocolo tenha sido quebrado, já que, desta forma o IVDP poupa recursos.

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