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Jaime Silva quer alcançar compromisso quarta-feira

Diário Digital | 18-12-2007 | Geral, Economia
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, disse hoje esperar chegar até quarta-feira a «um compromisso em relação à reforma do sector do vinho», uma proposta contestada pelos principais produtores: França, Espanha e Itália.

Falando à entrada para o segundo dia de reunião do conselho de ministros da Agricultura e Pescas dos 27, Jaime Silva, sublinhou ainda esperar ser possível um acordo político sob presidência portuguesa.

Depois das reuniões trilaterais (Presidência, Comissão e Estado-membro) da tarde e noite de segunda-feira, o ministro português referiu que França, Espanha e Itália ainda não deram o seu acordo à proposta de compromisso.

O texto que esteve em cima da mesa prevê a ajuda directa por hectare aos viticultores, tal como acontece nos outros sectores cuja organização comum do mercado (OCM) foi já reformada, que é distribuída pelos Estados-membros.

Bruxelas e Lisboa também aumentaram os apoios através dos envelopes financeiros nacionais, mas mantendo o orçamento previsto por Bruxelas para a OCM do sector vitivinícola de 1.268 milhões de euros.

Hoje o conselho vai decidir sobre outro tema que costuma prolongar-se numa maratona negocial madrugada dentro: as possibilidades de pesca para 2008.

A proposta da Comissão Europeia, apoiada em pareceres científicos, propões cortes importantes nalgumas espécies Por exemplo, o tamboril - nas águas onde operam pescadores portugueses - e o bacalhau deverão sofrer cortes de 25 por cento, se a proposta de Bruxelas não sofrer alterações.

Depois de decidirem os totais admissíveis de captura e a repartição das quotas pelos vários Estados-membros, os ministros dos 27 deverão voltar a debater a OCM do vinho.

A nova proposta, que mereceu já o acordo do Parlamento Europeu, reduz de cinco para três anos o prazo para o arranque da vinha com pagamento de um prémio de 200.000 para 175.000 os hectares a arrancar.

O objectivo de Bruxelas com esta proposta - apresentada em Julho - é produzir menos e melhor vinho na União Europeia, sendo que o investimento na qualidade é o caminho para enfrentar a concorrência dos vinhos do «Novo Mundo» - África do Sul, Austrália, Brasil, Chile e Estados Unidos.

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