Vinho é produto de investimento sem risco e com retorno elevado
O vinho é um produto de investimento, a par de outras alternativas financeiras, com a vantagem dos riscos serem mínimos e de oferecer um retorno calculado em 50%. A Vino Invest especialista em aconselhamento em investimentos vitivinícolas está a dar os primeiros passos no mercado português, onde espera atingir 200 clientes/investidores em apenas cinco anos. Em declarações à Lusa, Paulo Martins, director da Vino Invest, com sede em Londres, espera que Portugal "seja um sucesso".
Desde que iniciou actividade, em Setembro de 2005, a empresa já facturou dois milhões de euros, mas quanto a uma previsão para valores de investimento de clientes portugueses em vinhos, no futuro, o responsável da Vino Invest é cauteloso, e diz: "Ser difícil fazer uma estimativa." O vinho de alta qualidade é apresentado pela empresa de consultoria como um produto de investimento inovador e inexistente em Por- tugal, com "um risco mínimo" e com "um crescimento anual superior a 20%".
Na sua brochura, a Vino Invest explica que a procura mundial dos melhores vinhos e a consequente subida dos seus preços torna este mercado muito atractivo, "possibili- tando ao investidor a criação de riqueza e o aumento do seu registo de activos de uma forma segura, mesmo que surjam recessões eco-nómicas".
Paulo Martins salienta que o mercado internacional de vinho de qualidade vale cerca de 1,3 mil milhões de euros, e encontra-se em crescimento, principalmente em zonas como o Japão, América Latina, Rússia ou China. O vinho já está presente em várias formas de investir, como fundos de investimentos ou mesmo bancos que apostam em vinho em nome dos seus clientes.
Portugal ainda é "um mercado emergente como origem de investimento em vinho". Cerca de 90% da carteira de produtos da Vino Invest é originária da região francesa de Bordéus, onde a produção é limitada.
A Vino Invest actua como agente e encontra vinhos para os seus clientes, através de fornecedores. Além disso, aconselha, dá informação acerca do mercado e dos próprios vinhos, sendo depois intermediário na transacção, além de transportar e inspeccionar o produto, que depois é armazenado pela Octavian, no Sul de Inglaterra, através da abertura de uma conta privada. Os vinhos têm de ter alta qualidade, ser produzido em baixas quantidades, mas as suficientes para ter um mercado internacional, e ter uma vida longa, "de 30 anos ou mais", diz Paulo Martins.