O ministro da Agricultura admitiu algumas cedências da União Europeia em termos de justiça social no sector agrícola com o «reforço do desenvolvimento rural» com mais dinheiro do que o que tem sido habitualmente usado.
"Foi um sinal ténue, muito ligeiro, que foi dado na reforma de 2003, que alguns Estados-membros aprofundaram como foi o caso do Governo português", afirmou Jaime Silva, após um encontro com representantes de agricultores que se manifestaram esta segunda-feira no Porto, onde se realizou um encontro entre os ministros da Agricultura da UE.
O titular da pasta da Agricultura afirmou ainda que a Comissão Europeia quer aprofundar agora este caminho, uma direcção já antecipada pelo executivo português.
"É preciso colocar mais dinheiro no desenvolvimento rural para que a agricultura europeia seja mais competitiva, mais amiga do Ambiente e tenha mais coesão territorial. Mais justiça social se quisermos", acrescentou.
Após o encontro com que teve com os representantes dos agricultores que exigiram, no Porto, uma nova Política Agrícola Comum, Jaime Silva prometeu um novo encontro entre estes e um dos secretários de Estado do Ministério, numa data ainda a marcar.
A promessa do ministro deixou os agricultores satisfeitos que vêm nesta reunião uma continuidade às propostas deixadas esta segunda-feira no encontro com Jaime Silva.
"Já está agendada uma reunião com o secretário de Estado no sentido de podermos dar andamento aquilo que é não só a discussão em termos comunitários, mas as próprias propostas que fazemos para a mudança da Política Agrícola Comum", afirmou Armando Carvalho, da Confederação Nacional dos Agricultores.