Numa informação hoje divulgada pela ViniPortugal, associação interprofissional que agrupa associações e outras organizações ligadas à produção e comércio de vinho, as previsões para a campanha vitivinícola 2007/08 apontam para uma descida de 23% face à campanha anterior, e de 22% relativamenmte à média das três últimas campanhas.
Assim, da campanha resultante da vindima deste ano, deverão produzir-se 5,8 milhões de hectolitros.
A maior descida face à campanha anterior deverá registar-se nas regiões de Trás-os-Montes, com excepção para o Douro, onde é esperado um decréscimo de 18%.
No Dão, a quebra deverá atingir 40% e no Alentejo 25 a 30%.
«Dados recolhidos pela ViniPortugal junto de diferentes instituições e regiões vitivinícolas permitem concluir que os ataques de míldio afectaram mais a quantidade do que a qualidade das uvas», refere a informação.
Durante o ciclo de desenvolvimento da vinha, as condições climatéricas apresentaram temperaturas mais baixas do que o habitual, tendo havido mais períodos de chuva durante o ciclo de crescimento, o que deu lugar a ataques de míldio.
Segundo os especialistas contactados pela ViniPortugal, o aparecimento do míldio parece ter afectado mais a quantidade do que a qualidade das uvas, sendo que o volume total das chuvas não foi suficiente para pôr em risco a qualidade desta vindima.
De qualquer forma, «pensa-se que este será um ano em que irão ser especialmente postas à prova as boas práticas na vinha por parte dos viticultores, bem como a competência dos enólogos», salienta.
Assim, as previsões avançadas são positivas relativamente à qualidade dos vinhos, pois, apesar de a produção esperada ser menor, os vinhos serão muito frescos e bem equilibrados.
A ViniPortugal, em actividade há 10 anos, é uma associação interprofissional que agrupa associações, federações de associações e organizações de profissionais ligadas à produção e ao comércio, com representatividade no sector vitivinícola.
O seu objectivo é promover o vinho e demais produtos vínicos e vitivinícolas, em Portugal e em mercados-alvo externos.